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Perfumes centenários
A ÚLTIMA NOVIDADE É DE ANTEONTEM
Chega ao Brasil a fragrância criada para Napoleão Bonaparte, com a embalagem e o logotipo da época
DANAE STEPHAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A fragrância francesa Rancé,
que acaba de chegar ao Brasil,
foi criada em 1795. Um de seus
admiradores era Napoleão Bonaparte. O imperador, aficionado por aromas, chegou a tomar
umas aulas de perfumaria com
o fundador da empresa, François Rancé. Napoleão ganhou
de presente uma criação exclusiva para ele e outra para a mulher, Joséphine. Os perfumes
(Le Vainqueur e Joséphine) são
vendidos até hoje com frasco e
etiqueta iguais aos originais.
Mas a primeira paixão olfativa de Napoleão foi a colônia
Jean Marie Farina, criada em
1806 e comprada pela Roger&Gallet em 1862. A fórmula
é a mesma até hoje, mas o nome
mudou para Extra Vieille. "O
Museu do Perfume, em Curitiba, tem um frasco dessa fragrância criado para Napoleão
levar na bota", diz a especialista
em perfumes Renata Ashcar.
Ele acreditava que a água milagrosa, como era conhecida,
também fazia bem à saúde. Diz
a lenda que o imperador costumava tomar vários goles dessa
colônia antes das batalhas. Outra que tinha lugar cativo na sua
penteadeira era a 4711, criada
na Alemanha em 1792. "Napoleão foi o melhor garoto-propaganda que os perfumes poderiam ter na época", diz Renata.
Ainda mais antiga é a marca
italiana Santa Maria Novella,
com criações de 1500. A Acqua
della Regina, homenagem à rainha da França Catarina de Médici, é vendida hoje com o nome
de Acqua di Colonia.
Outra antiguidade atual é a
inglesa Yardley, que desde 1770
faz a famosa lavanda, supostamente usada pela família real.
"Essas colônias respeitam as
fórmulas originais e usam um
tipo de combinação de ingredientes que nunca sai de moda", diz Renata.
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