São Paulo, sábado, 27 de setembro de 2008

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Perfumes centenários

A ÚLTIMA NOVIDADE É DE ANTEONTEM

Chega ao Brasil a fragrância criada para Napoleão Bonaparte, com a embalagem e o logotipo da época

DANAE STEPHAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A fragrância francesa Rancé, que acaba de chegar ao Brasil, foi criada em 1795. Um de seus admiradores era Napoleão Bonaparte. O imperador, aficionado por aromas, chegou a tomar umas aulas de perfumaria com o fundador da empresa, François Rancé. Napoleão ganhou de presente uma criação exclusiva para ele e outra para a mulher, Joséphine. Os perfumes (Le Vainqueur e Joséphine) são vendidos até hoje com frasco e etiqueta iguais aos originais.
Mas a primeira paixão olfativa de Napoleão foi a colônia Jean Marie Farina, criada em 1806 e comprada pela Roger&Gallet em 1862. A fórmula é a mesma até hoje, mas o nome mudou para Extra Vieille. "O Museu do Perfume, em Curitiba, tem um frasco dessa fragrância criado para Napoleão levar na bota", diz a especialista em perfumes Renata Ashcar.
Ele acreditava que a água milagrosa, como era conhecida, também fazia bem à saúde. Diz a lenda que o imperador costumava tomar vários goles dessa colônia antes das batalhas. Outra que tinha lugar cativo na sua penteadeira era a 4711, criada na Alemanha em 1792. "Napoleão foi o melhor garoto-propaganda que os perfumes poderiam ter na época", diz Renata.
Ainda mais antiga é a marca italiana Santa Maria Novella, com criações de 1500. A Acqua della Regina, homenagem à rainha da França Catarina de Médici, é vendida hoje com o nome de Acqua di Colonia.
Outra antiguidade atual é a inglesa Yardley, que desde 1770 faz a famosa lavanda, supostamente usada pela família real.
"Essas colônias respeitam as fórmulas originais e usam um tipo de combinação de ingredientes que nunca sai de moda", diz Renata.


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