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COBAIA [experiências e testes de consumidores]
O teste da dor
DANAE STEPHAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Para quem prefere sofrer em
casa mesmo na hora da depilação, a reportagem da Folha testou quatro tipos de ceras depilatórias -duas quentes e duas
frias- e dois aparelhos elétricos. A repórter, acostumada a
usar o serviço de depilação de
estabelecimentos especializados, precisou se guiar pelas instruções das embalagens e ler os
manuais dos aparelhos.
Nas pernas, todas as ceras se
saíram bem, ou seja, o nível de
dor foi tolerável. Mas, na virilha, só funcionaram as ceras
quentes que, é bom deixar claro, são bem difíceis de espalhar
e impedem um trabalho limpo.
As ceras frias e os aparelhos,
usados na região da virilha, foram uma verdadeira tortura.
Os aparelhos elétricos foram
testados apenas uma vez em
cada região, e todos os fabricantes afirmam, nos manuais
de instrução, que a dor e a irritação da pele diminuem com o
tempo de uso. Em áreas sensíveis, a dor foi insuportável.
Escolha do método
Na hora de escolher a técnica
de depilação, é preciso levar em
conta alguns fatores pessoais,
como tipo de pele, resistência a
dor e espessura dos pelos. "A
cera quente é mais indicada para quem tem pelos mais grossos, que são mais difíceis de tirar", diz a dermatologista Sandra Hugenneyer. Ela não indica
esse método para pessoas que
têm tendência a varizes, porque há uma dilatação dos vasos
sanguíneos.
A cera fria é bem mais dolorosa do que a quente, por isso
seu uso não é recomendado em
regiões de maior sensibilidade
como as da virilha e da axila.
Mas ela também tem algumas
vantagens: não oferece riscos
de queimaduras e é solúvel em
água.
Os fabricantes de aparelhos
depiladores também capricham nas inovações, para tentar amenizar a dor insistente e
constante do método -até o
momento, sem muito sucesso.
A principal vantagem dessas
maquininhas é que, além de
funcionarem em qualquer parte do corpo, arrancam bem até
os pelos mais curtinhos, ao
contrário das ceras, que só tiram pelos de no mínimo um
centímetro de comprimento.
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