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COBAIA [experiências e testes de consumidores]
O teste das lava-louças
Associação Brasileira de Defesa do Consumidor avalia máquinas; veja modelo com melhor custo/benefício
DA REPORTAGEM LOCAL
As lava-louças ainda não alcançaram o status de eletrodoméstico indispensável. Muita
gente não confia no poder dos
jatos d'água e prefere a pia e a
velha bucha com detergente
para deixar os pratos brilhando. A Pro Teste (Associação
Brasileira de Defesa do Consumidor) pôs quatro modelos à
prova. O resultado da avaliação
foi positivo para os aparelhos.
Todos receberam nota máxima
em eficiência de lavagem e consumiram muito menos água do
que o método tradicional.
Foram comparadas as lavadoras Bosch Ecoplus, Brastemp Convenience, Electrolux
Bluetouch e Philco. Segundo a
Pro Teste, os critérios de seleção foram a presença das marcas no mercado nacional e a similaridade entre os modelos.
Todos eles lavam 12 conjuntos
completos de louça (pratos, talheres e panelas).
Para o teste, cada máquina
foi carregada com a mesma
quantidade de louça, suja de
maneira uniforme pelos técnicos da associação. Cada aparelho fez seu ciclo completo por
três vezes. Foram levados em
conta a clareza do manual de
instruções, a facilidade de uso,
o desempenho de lavagem e secagem, a ocorrência de migração de sujeira de uma peça para
outra durante o ciclo e de manchas nos talheres. O consumo
de água e energia também foi
computado na nota final.
O melhor desempenho foi o
da máquina Bosch Ecoplus, que
completou seu ciclo sete minutos antes do que a média das
marcas testadas. Mas, levando
em conta o custo/benefício, a
escolha da Pro Teste foi o aparelho da Philco, que a entidade
encontrou no mercado pelo
menor preço.
Uma desvantagem comum a
todas as máquinas é a demora:
em média, levam duas horas
para completar o ciclo. A da
Philco, que foi a mais lenta, demorou 2h36. Pôr a louça nos
aparelhos também requer uma
certa metodologia. Segundo o
engenheiro químico Dino Lameira, pesquisador da Pro Teste responsável pela avaliação, é
preciso preencher primeiro os
cestos superiores. "Começando
por baixo, as máquinas tendem
a tombar para a frente, se não
estão embutidas." O posicionamento do cestinho para os talheres também pode atrapalhar
a colocação dos pratos. "Se os
pratos são grandes, fica difícil
encaixar os talheres. Seria melhor se fosse possível colocá-los
em outros lugares das máquinas", diz o pesquisador.
Os manuais também têm
problemas. Nenhum diz que se
deve colocar menos produto
secante quando a lavadora não
está cheia. "Isso leva a um gasto
maior do produto e a manchas
nas louças", afirma Lameira, da
Pro Teste. As instruções do
aparelho da Philco levaram a
nota mais baixa, porque há erro
na informação de onde colocar
detergente na pré-lavagem.
O consumo de energia e água
foi um ponto positivo comum a
todos os aparelhos. Em média,
consumiram 1 kWh por ciclo e
cerca de 20 litros de água. De
acordo com a Pro Teste, usando
as máquinas quatro vezes por
semana, o gasto com luz e água
em um ano não chega a R$ 100.
Lavando a louça à mão com a
torneira aberta, por 15 minutos, gastam-se 240 litros, segundo as contas da associação.
(DÉBORA MISMETTI)
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