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AVALIAÇÃO
Escolha o espumante certo e fuja da ressaca
A Associação
Brasileira de
Defesa do
Consumidor
comparou
22 marcas de
vinho; saiba
quais os rótulos
que podem
provocar dor
de cabeça,
segundo o teste
DA REDAÇÃO
A Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) avaliou 22 espumantes
que custam entre R$ 12,90 e
R$ 61,99. O resultado final
mostrou que todas as marcas
participantes ficaram acima do
padrão "aceitável", mas isso
não é garantia de que os vinhos
testados não causam ressaca.
Segundo a análise, os espumantes Salton Brut, Mumm
Cuvée Spéciale Brut, Aurora
Brut Chardonnay e De Gréville
Brut tinham em sua fórmula alta quantidade de dióxido de enxofre, um conservante fundamental para evitar que a bebida
se transforme rapidamente em
vinagre. Em grande concentração, esse aditivo causa aquela
dor de cabeça do dia seguinte.
A legislação brasileira permite altas concentrações desse
aditivo nas bebidas. Enquanto
na Europa a concentração, por
lei, é de até 235 mg/litro, aqui a
permitida é de até 350 mg/litro. De acordo com a associação, 120 mg/litro seriam suficientes para a boa conservação
do espumante sem causar danos à saúde.
Como foi feito
Os espumantes foram divididos em brut e demi-sec (mais
doces). A análise levou em consideração oito quesitos -dados
constantes dos rótulos (safra
da uva, por exemplo), sabor,
teor alcoólico, açúcares totais,
acidez, pressão na garrafa e a
concentração de dióxido de enxofre e de ácido sórbico.
Os espumantes mais bem
avaliados foram os espanhóis
Cava Don Román (brut) e Cava
Codorníu Clasico (demi-sec), e
o brasileiro Casa Valduga Premium (brut). Duas marcas nacionais receberam o título de
"escolha certa" (melhor relação
custo/benefício): Almadén
(brut) e Salton (demi-sec).
As outras marcas que ficaram no topo do ranking foram
Peterlongo Prosecco, Salton
Prosecco e Chandon Reserve,
todos brut; e Cava Freixenet
(espanhola), Chandon Riche e
De Gréville, todos demi-sec.
No quesito sabor, a degustação foi feita por sommeliers e
25 consumidores. Entre os profissionais, os vinhos brut fizeram mais sucesso.
Os nomes dos sommeliers
não foram revelados. "Por uma
questão de sigilo de contrato, a
Pro Teste não pode informar
quantos nem quem são eles,
apenas que foram selecionados
pelo próprio laboratório que
fez a análise", disse Fernanda
Ribeiro, que coordenou o teste.
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