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DE SÃO PAULO
Guia da Folha
 

DE 3 A 9 DE AGOSTO DE 2012

 

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CAPA

Imagens de luz

Laura Rago

A partir de amanhã (dia 4), o CCBB expõe 85 obras vindas do Museu D'Orsay de Paris na mostra "Impressionismo: Paris e a Modernidade"

Quando o CCBB inaugurar amanhã (dia 4) a mostra "Impressionismo: Paris e a Modernidade" será reforçado o momento de grandes exposições com importantes artistas em solo paulistano -só no primeiro semestre deste ano passaram pela cidade esculturas de Giacometti e pinturas de Modigliani, por exemplo.

Pela primeira vez no Brasil, 85 obras impressionistas -movimento artístico do século 19 surgido na França- vindas do Museu D'Orsay, de Paris, desembarcam em São Paulo e ficam em exibição até 7/10.

Na exposição, o público poderá conferir um recorte importante da produção impressionista e pós-impressionista por meio de pinturas de nomes como Monet, Van Gogh, Manet, Gauguin, Renoir, Degas e Toulouse-Lautrec.

No primeiro fim de semana da montagem, o CCBB abrirá as portas às 15h de amanhã (dia 4) e fechará apenas no domingo (5/8), às 22h, virando a madrugada.

Os trabalhos, que ocupam todos os andares da instituição, estão divididos em sete módulos. "Paris: A Cidade Moderna", "A Vida Urbana e Seus Autores" e "Paris É uma Festa" trarão, entre outras imagens, cenas da vida burguesa feitas por Renoir e das vistas do rio Sena e da catedral Notre-Dame de Paris, em telas de Pissarro e de Gauguin.

Já em "Fugir da Cidade", "Convite à Viagem", "Na Bretanha" e "A Vida Silenciosa" figuram obras de artistas que deixaram o ritmo acelerado de Paris rumo a uma vida bucólica, como Van Gogh, que decidiu seguir para Arles, no interior da França. A curadoria é do trio Caroline Mathieu, conservadora-chefe do Museu D'Orsay, Guy Cogeval, presidente do Museu D'Orsay, e Pablo Jiménez Burillo, diretor-geral do Instituto de Cultura da Fundación Mapfre.

CCBB - r. Álvares Penteado, 112, tel. 3113-3651. Ter. a dom.: 10h às 22h. Abertura dia 4, às 15h até as 22h do dia 5. Até 7/10. Livre. GRÁTIS a d i

. Raio-x . Impressionismo

Cunhado como um insulto pelo crítico Louis Leroy no século 19, o termo impressionista, que mudou a maneira de retratar a realidade tal como fora estabelecida no Renascimento, surgiu com a obra "Impressão, Sol Nascente", de Claude Monet (1840-1926).

O crítico apoderou-se do nome da peça quando escreveu o artigo "A Exposição dos Impressionistas"

O artista deixa de trabalhar dentro de casa ou no ateliê para pintar "à pleine aire", isto é, à luz do dia

A relação de sombra e luz é substituída por cores intensas, oriundas da luz solar sobre a superfície dos objetos

Pinceladas soltas e figuras cotidianas passam a ser utilizadas

Confira 5 destaques

eleitos de Caroline Mathieu

Mathieu é curadora-chefe do Museu D'Orsay, em Paris -uma das instituições mais visitadas do mundo, com mais de 5.000 obras, e detentora da maior coleção de pinturas impressionistas. Abaixo e nas páginas seguintes, ela destaca e comenta cinco peças em exibição no CCBB.
Édouard Manet (1832-1883)
"A Garçonete com Cervejas" (c. 1878-1879)
"Manet pinta uma cena de café-concerto tipicamente parisiense, com pinceladas largas e rápidas. Na cena, burguês e operário estão sentados em torno de uma mesa para tomar uma caneca de cerveja e assistir ao espetáculo de uma cantora, cuja silhueta pode ser notada pela metade, à esquerda do quadro"
Paul Gauguin (1848-1903)
"Les Alyscamps" (1888)
"De formas simplificadas, a obra é provavelmente uma das primeiras telas pintadas por Gauguin em Arles, na França. Representa a necrópole romana da cidade, com suas alamedas de ciprestes e alguns sarcófagos vazios. Van Gogh, no mesmo momento, a representou de forma atormentada e melancólica"
Claude Monet (1840-1926)
"O Lago das Ninfeias, Harmonia Verde" (1899)
"Vivendo em Giverny, Monet desenhou seu jardim. Suas últimas obras foram inteiramente dedicadas às 'paisagens de água e de reflexos' de suas ninfeias. Nelas observa-se claramente a ponte japonesa e chega-se à evocação de um mundo flutuante, que invade as telas com sua presença luxuriante e colorida"
Alfred Stevens (1823-1906)
"O Banho" (c. 1867)
"Stevens aprendeu com os amigos Degas e Manet a sutileza dos tons cinza e a firmeza de suas pinceladas. Mas deles se distinguiu pela multiplicação dos detalhes prosaicos que ancoram sua composição no mundo contemporâneo e na complexidade das relações sentimentais", explica a curadora
Paul Cézanne (1839-1906)
"Rochedos Perto das Grutas Acima de Château-Noir" (1904)

Um dos mais importantes artistas do pós-impressionismo francês -movimento caracterizado pelas pinceladas expressivas, que enfatizavam as formas geométricas, e pelas camadas grossas de tinta- é Cézanne.
Suas telas concentram a estrutura pictórica, destacando a geometria da natureza. "Definitivamente instalado em Provence, Cézanne observava incansavelmente a montanha Sainte-Victoire, o sítio de Château-Noir e as pedreiras de Bibémus. Essas imagens marcaram presença em telas realizadas pelo pintor na virada do século 19", comenta Mathieu

Serviço

Virada impressionista
No primeiro fim de semana da montagem, o CCBB abrirá as portas às 15h de amanhã (dia 4) e fechará apenas no domingo (5/8), às 22h, virando a madrugada

Transporte
Será disponibilizado novo ponto de táxi próximo ao CCBB; inclusive o serviço estará funcionando na virada impressionista

Para quem vai de carro, o estacionamento conveniado à instituição está localizado no ed. Zarvos, na r. da Consolação, 228. De lá, vans partirão regularmente para o local da exposição; esse serviço funcionará também na madrugada de amanhã (dia 4) para domingo
As estações de metrô próximas ao local são Anhangabaú, São Bento e Sé

Proibidos
O consumo de água e de produtos alimentícios, filmar e fotografar as obras em cartaz e utilizar aparelhos de telefone celular

Duração
São 54 dias de mostra, num total de 648 horas de exibição, de 4 de agosto a 7 de outubro

Capa

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