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DE SÃO PAULO
Guia da Folha
 

DE 2 A 8 DE JUNHO DE 2006

 

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CINEMA

O Amor em Cinco Tempos

François Ozon subverte clichês do gênero

Ricardo Calil

Para um cineasta de apenas 38 anos, François Ozon tem uma trajetória bastante errática. Por "Sitcom" (98), ele foi saudado como o mais promissor jovem diretor da França. Mas os filmes posteriores não justificaram plenamente a fama, alternando-se entre dramas sólidos, mas não arrebatadores, como "Sob a Areia" (00), e exercícios de gênero decepcionantes ou insuficientes, como "8 Mulheres" (02) e "Swimming Pool" (03).

"O Amor em Cinco Tempos" (04) ainda não resolve o impasse: não chega a cumprir a promessa de um grande cineasta, mas está longe de ser um desapontamento. Desta vez, Ozon está às voltas com o filme romântico. Ele apresen ta cinco etapas fundamentais da relação do casal formado por Marion (Valeria Bruni Tedeschi) e Gilles (Stéphane Freiss), mas em ordem cronológica invertida. Primeiro, vem a separação, depois a crise, o nascimento do filho, o casamento e, por fim, a paixão. Ao inverter sua história, Ozon consegue, ao mesmo tempo, utilizar e denunciar os clichês do gênero.

Não falta inteligência ao cinema de Ozon, nem talento para extrair performances soberbas de seus protagonistas. Mas alguma coisa ainda não está impressa na tela. Certas pessoas a chamam de estilo, ou de personalidade.
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