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DE SÃO PAULO
Guia da Folha
 

DE 08 A 14 DE FEVEREIRO DE 2008

 

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CINEMA

Sweeney Todd: o Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet

Burton adiciona humor e violência a musical

Sérgio Rizzo

Há quem acredite, entre os fanáticos por criminosos célebres, que tenha existido o barbeiro Sweeney Todd, supostamente responsável por cerca de 160 assassinatos na Londres do século 18.

Sua primeira aparição incontestável, no entanto, foi como personagem de um conto de Thomas Peckett Prest, publicado em 1846 e adaptado em seguida para os palcos. A versão teatral mais prestigiosa, escrita por Christopher Bond em 1973, deu origem, seis anos depois, a um espetáculo musical de Stephen Sondheim (letrista de "Amor, Sublime Amor") e Hugh Wheeler.

Em "Sweeney Todd: o Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet", o diretor Tim Burton lida habilidosamente com esse século e meio de lenda que faz o personagem rivalizar com Jack, o Estripador, em sangue e mistério.

Como o musical da Broadway se tornou referência principal para a adaptação da história, Todd (Johnny Deep, em sua sexta parceria com Burton) é tratado como um assassino com causa nobre: a vingança contra um juiz (Alan Rickman) que destruiu a sua vida ao afastá-lo da mulher e da filha.

Muitos anos depois de abandonar Londres, ele retorna à cidade e vai morar no prédio onde funciona a imunda doceria da sra. Lovett (Helena Bonham Carter, mulher de Burton, em seu quinto filme com o diretor). Ali, instala sua barbearia, adota o nome que o celebrizará e cultiva a idéia de devolver o sofrimento.

Indicado para o Oscar de melhor ator (Depp), figurino e direção de arte, o longa exige do espectador não só predileção pelos arroubos góticos de Burton, mas também pelas regras próprias do gênero musical, ao qual o cineasta, já experiente no uso de estruturas semelhantes, adiciona humor negro, violência gráfica e alguma ternura.
Capa

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