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DE SÃO PAULO
Guia da Folha
 

DE 11 A 17 DE MAIO DE 2007

 

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CINEMA

Lady Vingança

Park volta a explorar os desejos de vingança

Sérgio Rizzo

De "M - O Vampiro de Düsseldorf" (31), do alemão Fritz Lang, aos filmes eróticos "B" sobre prisões femininas: são inúmeras e muito variadas as referências que o diretor e roteirista sul-coreano Park Chan-wook trabalha de forma lúdica em "Lady Vingança" (05), que encerra a trilogia formada também por "Sympathy for Mr. Vengeance" (02), inédito no Brasil, e "Oldboy" (03), já disponível em DVD.

Independentes, as tramas exploram os meandros soturnos (e muito humanos) dos desejos de vingança. Nos dois primeiros longas, os protagonistas e seus antagonistas eram homens. Aqui, o papel central cabe a uma mulher de beleza angelical (Lee Yeong-ae, que já havia trabalhado com Park em "Zona de Risco", de 2000, sobre o conflito entre as Coréias do Norte e do Sul, e também lançado em DVD no Brasil).

Quando a conhecemos, ela está saindo da prisão em que cumpriu 13 anos de pena pelo seqüestro e assassinato de um menino. A partir daí, o vai-e-vem no tempo explica as circunstâncias em que foi parar ali e o plano de acerto de contas elaborado com frieza e paciência no cárcere para execução quando estivesse outra vez em liberdade. Mas contra quem, e por quê? O quebra-cabeça conduz o espectador de maneira sinuosa até as respostas e, quando chega a elas, os conceitos de algoz e de vítima passam a se confundir.

Diante de um infanticídio, como agir? "Lady Vingança" (título cuja sonoridade adquire em português o sentido ambíguo e apropriado de "lei de vingança") propõe uma situação extrema, de resolução radical, em que a idéia de justiça feita pelas próprias mãos, à revelia dos mecanismos de julgamento e punição do Estado, incorpora um sentimento de expiação e redenção.
Capa

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