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DE SÃO PAULO
Guia da Folha
 

DE 11 A 17 DE MAIO DE 2007

 

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CINEMA

Baixio das Bestas

Assis volta a exercitar a estética do choque

Ricardo Calil

Dos cineastas brasileiros especializados em personagens e situações sórdidas (como Sérgio Bianchi e Heitor Dhalia, por exemplo), o pernambucano Cláudio Assis é o mais talentoso. Em "Baixio das Bestas", seu segundo longa, ele volta a exercitar a estética do choque e o desejo de transgressão que fizeram a fama de "Amarelo Manga".

Mais uma vez, o cineasta monta um mosaico de histórias abjetas, mas agora ele as situa em uma cidade decadente de Pernambuco. Ali os filhos da burguesia (Caio Blat, Matheus Nachtergaele) se divertem espancando e estuprando prostitutas (Dira Paes, Hermila Guedes), e um velho ganha dinheiro explorando a nudez da neta adolescente (Mariah Teixeira).

Em termos de domínio narrativo, "Baixio" representa um passo adiante na carreira de Assis. Ao lado do diretor de fotografia Walter Carvalho, ele aposta em planos longos com suaves movimentos de câmera.

Mas, em relação à visão de mundo, o longa demonstra limitações ainda mais evidentes do que o anterior. Ele aborda o universo do filme com uma tese já pronta de condenação e lança para seus personagens um olhar mais interessado em julgar do que em revelar. No cinema de Assis, quanto pior, melhor.
Capa

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