CINEMA

ADOLESCENTE | O Doador de Memórias

Drama mostra futuro perfeito e sem sentimentos

Wesley Klimpel

Um mundo sem violência, sem desigualdades sociais e sem tristezas. Mas também sem lugar para emoções e livre-arbítrio. Este é o cenário do drama "O Doador de Memórias", do diretor Phillip Noyce, o mesmo de "O Colecionador de Ossos".

Baseado no best-seller "O Doador", lançado pela americana Lois Lowry em 1993, o filme conta a história de uma sociedade em que o futuro das crianças é escolhido pelos anciãos e as emoções são contidas por uma dose diária de drogas.

Anualmente, é realizada uma cerimônia em que casais recebem recém-nascidos, idosos são mandados para outra terra a fim de descansarem e adolescentes descobrem a qual profissão estão destinados.

A Jonas (Brenton Thwaites) é reservada a função de ser o Guardião, responsável pelas lembranças a que os demais habitantes não têm acesso. Para isso, ele passa por um intenso treinamento com o Doador (Jeff Bridges), o atual guardião das memórias.

No processo, o jovem descobre o significado de amor, música, morte e família, passando a perceber as cores do mundo --até então, ele vê, assim como as demais pessoas, tudo em preto e branco.

Com o novo conhecimento, Jonas tenta difundir as emoções aos outros, como à sua amiga Fiona (Odeya Rush), ao mesmo tempo em que precisa fugir da perseguição orquestrada pela líder dos anciãos (Meryl Streep).