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Guia da Folha
 

DE 18 A 24 DE DEZEMBRO DE 2009

 

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CINEMA

Conquista do Velho Oeste ganha releitura "high-tech"

Sergio Rizzo

No universo alternativo de "Bastardos Inglórios", o último filme de Quentin Tarantino, judeus se vingam de nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Outro episódio histórico que deu origem a uma mitologia cinematográfica, a conquista do Velho Oeste, ganha também releitura contemporânea em "Avatar", aventura de ficção científica que trata a exploração interplanetária de acordo com a lógica do faroeste. Em seu primeiro longa como diretor depois de "Titanic" (1997), James Cameron ambienta a trama em Pandora, planeta distante explorado pelo homem. O efetivo terráqueo ali instalado inclui cientistas que criam e controlam avatares, réplicas de seres nativos, os Na'vi. A experiência ajuda a compreender sua estreita ligação com o fluxo de vida no planeta. Os militares, no entanto, querem usar o projeto para obter informações de combate. Em faroeste convencional, a etapa seguinte seria o genocídio. "Avatar" contraria essa expectativa, em chave politicamente correta que condena também o uso predatório do meio pelo homem. Que Cameron empregue a mais avançada tecnologia já vista no cinema para essa romântica defesa de tese é uma das diversas ironias de um projeto destinado a se estabelecer como marco da tecnologia 3D.

No limite do 3D
Com sessões previstas em 653 salas do país, "Avatar" estreia hoje, após quatro anos de produção, com a promessa de "abalar" o atual cinema. O filme foi idealizado 15 anos atrás pelo diretor James Cameron. Para criar os nativos de Pandora, os Na'vi, o cineasta utilizou o método de captura de performance, em que os personagens, criados por computação gráfica, ficam com a aparência dos atores que os interpretam -não há maquiagem, comum em filmes de ficção científica. Câmeras leves e ágeis, que rodam em 2D e 3D, foram desenvolvidas para filmar o longa, e até mesmo uma nova língua -com vocabulário e sintaxe coerentes- foi criada por um linguista especialmente para a obra. Estima-se que foram gastos R$ 400 milhões para rodar e divulgar a produção. O resultado: uma experiência de imersão radical em um filme em 3D. Segundo o diretor, a tecnologia desenvolvida para o filme tem como objetivo "criar as bases para um mundo permanente". Agora é esperar os primeiros números de bilheteria e a confirmação do surgimento do que deve ser uma nova saga hollywoodiana. [Rafael Balsemão]

Os números da megaprodução
400 milhões de reais (estimados) para rodar e divulgar o longa
615 cópias em 653 salas do país
4 indicações ao Globo de Ouro: filme dramático, diretor, música original e trilha sonora

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