CINEMA

Fay Grim

Seqüência de "Henry Fool" estréia com atraso

Sérgio Rizzo

"Confiança" (1991), segundo longa do diretor e roteirista norte-americano Hal Hartley, lhe valeu o prêmio do público na 15ª Mostra Internacional de São Paulo, em 1991.

Os longas seguintes, como "Simples Desejo" (1992), reafirmaram seu prestígio no cenário independente dos EUA, mas ele quase desapareceu de cena a partir de "As Confissões de Henry Fool" (1997).

De seus três últimos filmes, o único a ser lançado no Brasil, e com razoável atraso, é "Fay Grim" (2006) -a continuação de "Henry Fool". Desta vez, como os títulos sugerem, o aspirante a escritor Henry (Thomas Jay Ryan) adquire um papel de coadjuvante e sua mulher, Fay (Parker Po sey), torna-se a protagonista.

Apesar disso, nenhum nome será mais mencionado do que o de Henry -que talvez esteja morto-, pivô de uma trama de espionagem que envolve os serviços secretos dos Estados Unidos, França, Israel e Rússia, além de grupos terroristas árabes.

A ironia habitual de Hartley se alimenta despreocupadamente das convenções do gênero, em elegante chanchada que será apreciada, em especial, pelos que ainda se lembram dos tempos em que seus filmes representavam certo frescor na produção norte-americana.

Não recomendado para menores de 14 anos.