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DE 28 DE AGOSTO A 3 DE SETEMBRO DE 2009

 

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CINEMA

Anticristo

Lars von Trier incomoda com fábula macabra

Sérgio Rizzo

Falar em polêmica quando o cineasta em questão é o dinamarquês Lars von Trier soa quase como redundância. A estratégia do incômodo, seja pela escolha do tema, por opções estéticas ou por ambos os fatores, tem caracterizado a carreira do cineasta, que se notabilizou por assinar o manifesto de fundação do Dogma 95, em companhia de Thomas Vinterberg, e por dirigir "Ondas do Destino" (1996), "Os Idiotas" (1998), "Dançando no Escuro" (2000) e "Dogville" (2003).

Exibido na mostra competitiva do último Festival de Cannes, do qual saiu com o prêmio de melhor atriz para Charlotte Gainsbourg ("21 Gramas", "Não Estou Lá", "Novo Mundo"), "Anticristo" já anuncia no título o caminho espinhoso que será percorrido pela trama. O longa flerta com as tradições do filme de terror e do suspense psicológico, trazendo elementos para provocar tanto a polêmica quanto o incômodo.

Breves imagens de sexo explícito e de automutilação respondem pelo primeiro quesito. O incômodo, no entanto, atua em duas frentes: na história propriamente dita, que explora a imersão de um casal (Gainsbourg e William Dafoe) no inferno da perda e da dor, e também na provocação ao espectador para que entre em sintonia com a carga simbólica que Von Trier usa em sua fábula macabra.

Não recomendado para menores de 18 anos.

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