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DE SÃO PAULO
Guia da Folha
 

DE 29 DE MAIO A 4 DE JUNHO DE 2009

 

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CINEMA

Garapa

Documentário faz abordagem de caráter antropológico

Sérgio Rizzo

De acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 920 milhões de pessoas -o equivalente a 15% da população mundial- passam fome. Algumas delas protagonizam o documentário "Garapa", que procura dar dimensão humana à estatística.

Uma reduzida equipe de filmagem acompanhou, com imagens em preto e branco, o cotidiano de três famílias no interior do Ceará. Pais e filhos são flagrados dentro de casa e nas imediações -nenhum deles se afasta muito de onde mora. Seus hábitos alimentares constituem apenas uma parte do que o filme revela sobre eles, e do que eles revelam sobre uma parcela da po pulação brasileira.

Com essa abordagem de caráter mais antropológico, o diretor e roteirista José Padilha ("Tropa de Elite") se afasta dos procedimentos usados em "Ônibus 174" (2002), documentário com o qual despontou. Volta a provocar, no entanto, debates sobre a ética no cinema documental.

Ainda que o propósito de "Garapa" seja nobre, que as famílias tenham concordado com as filmagens e que a bilheteria do filme seja encaminhada a elas, cabe discutir se isso tudo justifica expor nesse grau a intimidade de quem não tem a exata medida do que está em jogo.

Não recomendado para menores de 10 anos.
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Cinema

O diretor José Padilha, de "Tropa de Elite", estréia o documentário "Garapa"

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