CARTAS

DÉFICIT DE LUGARES

Foi divulgado no Guia da Folha Especial, da 31ª Mostra Internacional de Cinema, que haveria 320 lugares para a sessão das 19h30 do filme "Déficit", na Faap. Cheguei na faculdade às 13h e o atendente me informou que as senhas seriam liberadas uma hora antes de começar o filme. Para garantir, voltei às 16h. Já existia uma fila de 150 pessoas. Após uma hora, apenas 86 pessoas entraram. O resto permaneceu em fila para a distribuição que começaria às 18h30, o que não aconteceu. Segundo os monitores da Mostra, a Faap se apoderou de 244 lugares para distribuir entre seus alunos sem comunicar à organização. Nenhum representante da Faap se justificou conosco.
Bruno André Xavier de Oliveira, 24, assistente administrativo

LEON CAKOFF, DIRETOR DA MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA DE SÃO PAULO

Nós, da Mostra, também fomos surpreendidos com as decisões da Faap de reservar a maioria dos ingressos para distribuição interna. Lamentamos, mas isso não faz parte do nosso acordo. Sempre tratamos nossas programações na Faap com proporção de reserva de 50% para seus alunos.

RUBENS FERNANDES JUNIOR, DIRETOR DA FACULDADE DE COMUNICAÇÃO DA FAAP

A Faap é parceira da Mostra há quatro anos e nunca registrou nenhum problema com distribuição de ingressos. Diferentemente do que o leitor coloca na carta, a Faap não se apoderou de 244 lugares, apenas destinou parte dos ingressos ao seu público interno, conforme combinado com a direção da Mostra. No total, mais de 120 ingressos foram distribuídos ao público e, devido à demanda para o filme "Déficit", foram acomodadas outras 80 pessoas além do limite previsto inicialmente. Em nome da Faap, lamentamos profundamente o ocorrido.

PROIBIDO PARA TERCEIROS

Sou freqüentadora da Mostra há 12 anos e queria manifestar a minha indignação com o esquema de vendas de permanentes e pacotes implantado neste ano. Como aconteceu no último ano, viajei no feriado de 12 de outubro e deixei dinheiro, documento e fotos com um amigo, para que ele comprasse meu pacote de 20 ingressos _o mesmo que utilizei nos últimos três anos. Na volta, descobri que a Mostra havia proibido "a venda para terceiros". Triste, muito triste.
Ana Rodrigues, 31, jornalista

LEON CAKOFF, DIRETOR DA MOSTRA

Tomamos a decisão de vetar a aquisição de pacote de ingressos por terceiros para não prejudicar as pessoas que apareceram pessoalmente no primeiro dia de venda, ficaram muito tempo na fila e, no fim, não conseguiram comprar. Lamentamos o transtorno e vamos reavaliar o sistema para a próxima edição.

SHOW DE HORROR 2

O Guia (ed. 12/10) traz o comentário de uma leitora criticando o preço dos espetáculos nas casas de show. Os donos desses lugares se sentem livres para cobrar o que bem entendem e oferecer em troca o pior possível. Se as pessoas não se sentissem "obrigadas" a freqüentar essas casas, talvez os empresários tivessem de rever o conceito de bom serviço em troca de bom dinheiro para continuar lucrando. É preciso que o nosso valor como espectador seja igual ao do empresário e ao do artista. Por que o público sempre leva a pior?
Cristina Sartori, 50, assistente de fotografia

Esta seção se reserva o direito de publicar apenas trechos de cartas. Só serão aceitas correspondências com nome, idade, profissão, telefone e endereço.