EXPOSIÇÕES

Por Um Fio...

Paço das Artes também abriga arte "do hoje"

Fabio Rigobelo

Um "fio de eletricidade que nos mantém conectados e em constante comunicação", nas palavras da curadora Vitoria Daniela Bousso, é o que liga os trabalhos -e a própria maneira como se faz arte nos dias de hoje- presentes na exposição "Por Um Fio...", que o Paço das Artes abriga a partir de segunda-feira (dia 22).

De maneira semelhante ao Panorama do MAM, a mostra pretende reunir artistas que se relacionam com a realidade do mundo atual e, ao mesmo tempo, mostrar diferentes subjetividades pelas quais se pode perceber "o estado das coisas" neste cenário.

Ernesto Neto, Caetano Dias, Vik Muniz e Giselle Beiguelman estão entre os 17 artistas selecionados (dentre eles, duas duplas), que comparecem com 22 trabalhos, entre vídeos, instalações, objetos, fotografias, vídeo-instalações e performances.

Destaque para o "falso documentário" de André Parente ("Na Arte, Nada se Perde Nada se Cria, Tudo se Transforma", de 2006), pertinente ao discutir aspectos institucionais (dos museus, por exemplo) e a própria história da arte.

A angústia causada pelo trabalho "Vermelho Sangue", da dupla Duva & Sukorski, é sensação conhecida de nosso tempo, refletindo também nossa percepção da violência.

Paço das Artes (av. da Universidade, 1, Butantã, região oeste, tel. 3814-4832). Ter. a sex.: 11h30 às 19h. Sáb. e dom.: 12h30 às 17h30. Até 30/11. Visitas monitoradas c/ agendamento (p/ ramais 15 ou 21, ter. a sex.: 9h às 18h30). Ar-condicionado Faz visita monitorada