TEATRO

Cheiro de Chuva

Bosco Brasil encena história de amor

Maria Eugênia de Menezes

Uma breve revisão da obra de Bosco Brasil revela a predileção do dramaturgo pela temática do encontro, pelas possibilidades de auto-conhecimento que surgem a partir do diálogo, do confronto com o outro. Seguindo caminho semelhante ao de textos como "O Acidente" e o aclamado "Novas Diretrizes em Tempos de Paz", a trama de "Cheiro de Chuva" é conduzida por uma simples (e aparentemente despretensiosa) conversa entre dois personagens.

Escrita em 2000, e nunca encenada integralmente, a peça ganha montagem dirigida pelo próprio autor e tem estréia marcada para quinta, dia 10. Em cena, Tânia Costa e Marcello Escorel vivem um aluno e uma professora du rante sua última aula de dança de salão.

Diante da chuva eminente, ela o convida para ensaiar mais um passo, e eles, secretamente apaixonados um pelo outro, só conseguem falar sobre amenidades, assuntos prosaicos como a previsão do tempo. "São personagens muito palavrosos, que falam muito, mas conseguem dizer pouco", explica o autor.

Na estréia, será lançada uma edição bilíngüe (português-francês) de "Cheiro de Chuva" e "Novas Diretrizes...", que integra a coleção Palco Sur Scène (ed. Imprensa Oficial).

Centro Cultural São Paulo - espaço cênico Ademar Guerra - r. Vergueiro, 1.000, Liberdade, região central, tel. 3383-3402. 200 lugares. Qui.: 21h. Até 3/2. Ingr.: R$ 15. CC: todos. i