TEATRO

O Continente Negro

Texto chileno investiga turbulências amorosas

Claudio Szynkier

A África é o território emocional da peça "Continente Negro", do chileno Antônio De La Parra e encenada pelo Grupo 3, que estréia amanhã (dia 14) no teatro Faap. "A África simboliza um lugar desejado, longínqüo, onde se vai para desaparecer ou para renascer", diz a atriz Débora Falabella, que vive três mulheres em turbulências amorosas. "São personagens parecidas, foi difícil distingui-las e criar uma história para cada uma. As três partes se unem para revelar as mesmas coisas", considera Falabella.

A temática moderna que trata da impossibilidade de perpetuação do amor motivou a escolha do texto. "Vamos atrás de coisas com que nos identificamos. E a forma como La Parra fala das pessoas é muito próxima", diz a atriz.

A montagem visa alcançar a complexidade dos relacionamentos cujas dores e decadência ela retrata. O ambiente é ficcional, construído com artifícios, mas La Parra e o diretor Aderbal Freire Filho propõem um realismo rígido aplicado às situações.

Teatro Faap (r. Alagoas, 903, Higienópolis, região central, tel. 3662-7233). 400 lugares. Sex. e sáb.: 21h. Dom.: 18h. Estréia 14/4. Até 1º/7. 60 min. 12 anos. Ingr.: R$ 40 (sex.) e R$ 50 (sáb. e dom.). Estac. grátis. A D I V