Surfe gera otimismo para Brasil ir ao pódio olímpico

Brasileiros venceram sete das oito provas da Liga Mundial de Surfe na temporada

Gabriel Medina posa com o troféu da oitava etapa da Liga Mundial de Surfe, em Lemoore, Califórnia - Kelly Cestari /WSL/Divulgação

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O surfe desponta entre os esportes que devem colocar o Brasil no pódio na Olimpíada de Tóquio-2020. Esta hipótese não é “achismo”. Tem motivo. Resultados obtidos pelos destaques brasileiros da modalidade nos últimos tempos permitem uma expectativa positiva sobre a possibilidade do desempenho da representação nacional nos Jogos Olímpicos.

O surfe vai estrear no evento. Apesar da modalidade ter peculiaridades, como a dependência das condições das ondas do mar nos dias de disputas, sua realização no Japão está prevista para a praia de Tsurigasaki, em Chiba. No momento, piscina de ondas artificiais é novidade no surfe.

Para os brasileiros, tanto faz o palco. Destacam-se nas principais competições em ondas naturais e, no último fim de semana, também dominaram a primeira etapa da história da elite mundial do surfe em ondas artificiais, no Surf Ranch Pro, em Lemoore, na Califórnia.

Gabriel Medina arrebatou o título e Filipe Toledo terminou em segundo. Teve ainda outro brasileiro, Miguel Pupo, em oitavo. O norte-americano Kelly Slater --estrela mundial da modalidade e dono daquela piscina na Califórnia-- ficou em terceiro, seguido pelo japonês Kanoa Igarashi.

Para se ter uma ideia do nível dos representantes brasileiros, das oito etapas do circuito mundial, o principal evento do esporte na temporada, eles ganharam sete. Filipe Toledo é o líder da competição.

Outros compatriotas sempre se colocaram entre os destaques nas várias disputas. Na classificação geral, três brasileiros figuram entre os cinco primeiros: 1) Filipe Toledo, 2) Gabriel Medina, 3) Julian Wilson (Austrália), 4) Ítalo Ferreira e 5) Owen Wright (Austrália).

O Brasil iniciou a temporada com 11 surfistas no circuito masculino, entre os quais os campeões mundiais Gabriel Medina e Adriano “Mineirinho” de Souza. Foi a representação mais numerosa nas inscrições da largada, vindo a seguir, agregados, os Estados Unidos e o Havaí, com sete, e a Austrália, com oito. 

No feminino, a equipe nacional tem duas atletas: Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb. Faltam apenas três etapas para o término do circuito. A próxima disputa será em Nouvelle-Aquitaine, na França, onde Medina saiu vitorioso no ano passado.

Na Olimpíada, as vagas serão limitadas a 20 atletas no masculino e 20 no feminino, com as delegações participantes podendo contar até com dois representantes por gênero. As disputas pelas vagas começam no ano que vem, com várias seletivas. O Pan do Peru, por exemplo, vai oferecer uma para os homens e outra para as mulheres.

Nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, atuando em casa, o Brasil conquistou 19 medalhas (sete de ouro), a sua mais destacada campanha no evento. Atletas de 12 modalidades conquistaram medalhas, um recorde, enquanto que na edição anterior, quatro anos antes, em Londres, foram nove e, em Pequim-2008, oito. Salto com vara, futebol e boxe ganharam ouro inédito.

O Brasil tem chance de ampliar esse quadro de medalhas por esportes variados, principalmente com o surfe e skate, novidades na grade olímpica de Tóquio. São modalidades nas quais os brasileiros sempre disputam postos mundiais de relevo. Mas até os Jogos no Japão ainda faltam praticamente dois anos e o primeiro passo será garantir vagas. Só depois é que o sonho das medalhas entrará no foco, exigindo muito treino para não virar pesadelo.

Erramos: o texto foi alterado

Diferentemente do informado neste texto, o Brasil não ganhou medalha de ouro na canoagem na Olimpíada de 2016. A informação foi corrigida

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