Ministério Público abre inquérito contra Alckmin para investigar desapropriação que beneficiou familiares

Procurador Marcelo Milani quer esclarecimentos sobre denúncia feita em reportagem da Folha

O candidato Geraldo Alckmin (PSDB) em campanha em Salvador acompanhado do prefeito ACM Neto (DEM) - Franco Adailton/Folhapress

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O Ministério Público do Estado de São Paulo instaurou nesta segunda (24) um inquérito contra o candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB-SP) para apurar as denúncias feitas pela Folha sobre supostas irregularidades nos dois decretos que levaram a desapropriações de terrenos envolvendo familiares do ex-governador de SP, informa Bruna Narcizo.

De acordo com a reportagem, Alckmin realizou duas desapropriações em 2013 e 2014 que atingiram propriedades de Othon Cesar ribeiro, sobrinho do tucano. Eles teriam recebido ao menos R$ 3,8 milhões. 

O promotor Marcelo Milani pediu a abertura da investigação e deu um prazo de 20 dias para que Alckmin, o sobrinho e a concessionária se manifestem sobre as acusações. ​

Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou, por meio de sua assessoria, que não interferiu no traçado do contorno de São Roque e que é "descabida e ofende o bom senso" a ideia de que o processo de desapropriação foi conduzido "apenas para beneficiar parentes do ex-governador".

O tucano disse também que assinou centenas de decretos de utilidade pública e de desapropriação, "todos eles amparados em pareceres técnicos dos órgãos responsáveis e em parecer jurídico da Procuradoria Geral do Estado", segundo nota de sua assessoria. 

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