Brasil está em 'pior situação' na guerra comercial

União Europeia, Japão, China e até a Argentina negociam diretamente com Trump

Conteúdo restrito a assinantes e cadastrados Você atingiu o limite de
por mês.

Tenha acesso ilimitado: Assine ou Já é assinante? Faça login

Segundo o financeiro Les Échos, “segundo maior fornecedor de aço aos EUA, depois do Canadá e antes do México, o Brasil é alvo direto” da tarifa anunciada por Trump.

Também indireto, mostra a AFP. A isenção concedida pelos EUA ao Canadá e ao México, “concorrentes do Brasil nesse mercado, amplia as consequências negativas”.

“Pior”, lembrou o Échos, em caso de guerra comercial “o Brasil pode ser atingido, de ricochete, por medidas de retaliação da União Europeia [aos EUA] sobre o suco de laranja e outras exportações tradicionais brasileiras”.

O Itamaraty soltou nota se dizendo muito preocupado.

Na Argentina, o presidente Mauricio Macri ligou para pedir isenção, Trump atendeu e prometeu “analisar”.

O governista La Nación enfatizou que falaram por 15 minutos e Macri foi “atendido antes do chinês Xi Jinping”, que telefonou para falar da tarifa, mas também da Coreia do Norte.

O jornal não se conteve e observou que “em pior situação está, por exemplo, o Brasil”.

CONVERSAS

Japão e europeus também ligaram para Trump e, mais importante, já realizaram no sábado uma reunião ministerial tripartite para negociar objetivos comuns na guerra comercial iniciada por Trump. A União Europeia está “esperançosa”, segundo o Wall Street Journal, porque os três lados concordaram que o alvo principal é a China.

VELHAS INDÚSTRIAS

O WSJ abriu manchete para a defesa “pública” por republicanos de uma lei que retire os poderes de Trump sobre comércio. Por outro lado, democratas como Elizabeth Warren elogiam ou evitam criticar a tarifa.

Na manchete do alemão Süddeutsche Zeitung, a tarifa serve para Trump como “política social”, em resposta às “consequências brutais do declínio das velhas indústrias”.

RENDA BÁSICA LÁ

O Recode noticia que a Renda Básica Universal (da Cidadania, no dizer de Eduardo Suplicy), após ser defendida por “líderes de tecnologia” como Mark Zuckerberg e Elon Musk, acaba de ser adotada como bandeira pelo Partido Democrata da Califórnia. “A ideia está saindo das franjas para o ‘mainstream’”, destaca o site.

É vista como uma resposta à perspectiva de um mercado de trabalho cada vez mais tomado por robôs.

FAKE NEWS

Com a ilustração acima, longa reportagem da Wired revela em detalhe o papel do WhatsApp na disseminação de notícias falsas sobre febre amarela, ameaçando a saúde pública no Brasil.

Relacionadas