Grupo faz quebra-quebra, atinge carros e assusta comércio no centro de SP
Ao menos 11 carros foram depredados; um funileiro foi cercado e agredido
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Um grupo de 20 pessoas munidas de pedras, paus e até coquetel molotov promoveu um quebra-quebra na tarde desta sexta-feira (23), no bairro Campos Elíseos, no centro da capital paulista.
O ataque ocorreu pouco antes das 15h em um trecho da rua Conselheiro Nébias, entre a avenida Duque de Caxias e a rua General Rondon. Ao menos 11 carros que estavam estacionados no local, conhecido por concentrar comércio especializado no reparo de veículos, foram depredados.
Comerciantes entrevistados pela Folha disseram que os envolvidos podem ser usuários de drogas saídos da cracolândia, hoje estabelecida também no centro de SP. Um empresário da rua que não quis se identificar disse que a ação foi rápida e organizada.
“Estou há 30 anos aqui e nunca tinha visto isso. Eles estavam tão preparados que carregavam um coquetel molotov caseiro”, afirmou. Um vídeo ao qual a reportagem teve acesso mostra um grupo de policiais militares em motos perseguindo os suspeitos.
Um deles não consegue escapar do cerco, cai no chão e leva uma série de chutes dos militares. O suspeito foi detido na sequência. Outro PM joga sua moto em cima de outra pessoa que fugia após os atos de vandalismo.
A Folha procurou a PM, mas ela ainda não se manifestou sobre o comportamento de seus agentes nesta ocorrência.
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conflitos
Os confrontos costumam acontecer durante a limpeza das ruas, com jato d’água, instrumento usado pela prefeitura para impedir que traficantes montem barracas e outras estruturas fixas no local. As limpezas ocorrem, em geral, de manhã e de tarde.
Os dois lados se acusam e afirmam que só reagem a agressões iniciadas antes. Segundo a prefeitura, “a guarda só atua, usando armamento não letal, em proteção aos seus agentes e outros trabalhadores, quando estes são atacados pelos usuários”.
Já a PM afirma que “em diversas ocasiões houve agressões com pedradas, tijolos e diversos tipos de material que os usuários e traficantes arremessaram contra os agentes, que, para se defenderem ou para protegerem transeuntes, tiveram que intervir seguindo os protocolos nacionais e internacionais de controle de distúrbios civis”.