Preso, suspeito de enviar fuzis ao Brasil é acusado de 4 crimes nos EUA

Se for condenado, o brasileiro Frederik Barbieri pode ficar até 40 anos atrás das grades

Carga com 60 fuzis apreendidos no aeroporto do Galeão em 2017 - Reprodução

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Silas Martí
Nova York

Detido em sua casa na Flórida na semana passada, o brasileiro Frederik Barbieri, conhecido como o maior traficante de fuzis dos Estados Unidos para o Brasil, está sendo acusado de quatro crimes pela Justiça americana. 

Ele foi indiciado por organização criminosa, transporte de cargas sem identificar a presença de armas de fogo, contrabando de armas dos EUA para o Brasil e também por exportar armamentos sem uma autorização oficial.

De acordo com o juiz Benjamin Greenberg, do tribunal federal em Miami que vai julgar o caso, Barbieri operou um esquema criminoso de 2013 a 2017 em que armas eram compradas em território americano, tinham seus números de série apagados ou adulterados e depois eram contrabandeadas para o Brasil, onde então eram vendidas. 

Se for condenado à pena máxima por cada um de seus delitos, Barbieri pode ficar até 40 anos atrás das grades. 

Frederik Barbieri vivia nos EUA desde 2010 - Divulgação/ Polícia Civil do RJ

No Brasil, ele é apontado como o responsável por enviar uma carga de 60 fuzis apreendidos no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio, em junho do ano passado. A carga, avaliada em R$ 4,8 milhões, foi a maior apreensão desse tipo de armamento no país em dez anos.

Segundo o delegado Fabrício de Oliveira, da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos, Barbieri era conhecido no mercado clandestino de armas por abastecer diversas facções criminosas ao mesmo tempo.

O suspeito também é alvo de mandados de prisão expedidos pela Justiça brasileira, mas Oliveira acredita que a possibilidade de ele ser extraditado é remota. Isso porque o traficante obteve a nacionalidade americana e, por isso, deverá responder por seus crimes nos Estados Unidos.

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