Dois homens são presos com R$ 1,8 mi em carro na zona oeste de SP

Transportar grandes valores não é crime, desde que origem seja comprovada 

O dinheiro estava escondido em uma caixa e uma mochila dentro de um carro em SP - PMESP/Divulgação

Conteúdo restrito a assinantes e cadastrados Você atingiu o limite de
por mês.

Tenha acesso ilimitado: Assine ou Já é assinante? Faça login

Martha Alves
São Paulo

Policiais militares prenderam dois homens com cerca de R$ 1,8 milhão dentro de um carro na região de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, por volta das 19h desta quinta-feira (1º).

Os policiais faziam uma operação na rua Sumidouro quando desconfiaram de dois homens em um carro. Durante a vistoria ao veículo, eles encontraram o dinheiro dentro de uma mochila e de uma caixa de papelão.

Os dois suspeitos não apresentaram nenhum documento comprovando a origem do dinheiro. Segundo a PM, eles ofereceram R$ 800 mil aos policiais para que fossem liberados.

O dinheiro foi apreendido e os dois homens presos. O caso será investigado pelo Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais). 

Dinheiro apreendido pela polícia dentro de um carro na zona oeste de São Paulo - Reprodução/Globo

TRANSPORTE

Transportar grandes valores em espécie não é crime no país, desde que o montante tenha sua origem comprovada. 

Segundo Ademar Gomes, presidente da Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo, a verificação pode ser feita com demonstrativos do imposto de renda e documentos que atestem, por exemplo, que o valor transportado saiu de uma transação comercial.

“Durante o transporte, a pessoa precisa estar com essa documentação em mãos”, orienta Gomes.

Caso contrário, durante uma abordagem policial surpresa, o dinheiro será apreendido e ficará sob a guarda da polícia até que seja confirmada sua legalidade.

O advogado Márcio Calil Assumpção, presidente da Comissão de Direito Bancário da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil), lembra que os bancos são obrigados a comunicarem o Coaf (órgão de inteligência financeira do Ministério da Fazenda) toda movimentação acima de R$ 50 mil.

"É por isso que a pessoa que tem dinheiro ilícito e em grande soma nunca vai procurar um banco", disse.

Relacionadas