'3%' supera estilo videogame e melhora apuro visual, cenários e ritmo
Confiança na produção, experiência e provavelmente mais dinheiro fazem diferença
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Se o sucesso da primeira temporada rendeu a "3%" mais dez episódios, disponibilizados agora na Netflix, é tranquilo apostar em uma terceira.
A segunda fornada saiu melhor em diversos aspectos, a exemplo o ritmo da narrativa.
Talvez a equipe tenha aprendido a contar melhor a história em formato longo, de quase dez horas. O segundo ano de "3%" escapa do caráter cíclico da temporada anterior.
Antes, era um tanto repetitiva a sucessão de desafios impostos aos garotos pobres que tentavam mostrar seu valor para viver em Maralto, com a elite da sociedade distópica.
Além de dar ao seriado um jeitão de enredo adaptado de game, essa repetição o aproximava bastante de franquias bem-sucedidas como "Jogos Vorazes" e "Maze Runner".
Agora, Michele (Bianca Comparato) vive no Maralto e ali vai questionar o funcionamento desse tecido social quebrado proposto pelo roteiro. Enquanto isso, a trama segue com desejo de revolta entre os miseráveis, no Continente, e novidades no elenco.
O Processo 105, novo ritual de seleção que se aproxima, ganha ares misteriosos. A Causa, movimento rebelde contrário à peneira social, está definida de maneira mais clara como célula subversiva.
Há mais confiança na produção. Experiência e provavelmente mais dinheiro fazem a diferença. Desde o apuro visual de cenários e figurino até o bom desempenho do elenco.
Menos juvenil, mas ainda bom entretenimento, o segundo ano dá espaço para discutir questões econômicas envoltas na ruptura social entre Maralto e Continente.