Manifestantes ocupam a Esplanada dos Ministérios
De acordo com estimativas dos policiais, mil pessoas protestavam à tarde em Brasília
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Pedindo a volta da ditadura militar, a saída do presidente Michel Temer (MDB) e a queda do preço da gasolina, manifestantes ocupam a Esplanada dos Ministérios na tarde desta segunda-feira (28).
Os cerca de mil manifestantes desceram para o gramado em frente ao Congresso Nacional para protestar contra o governo do presidente Michel Temer e pedir intervenção militar no Brasil.
Depois, passaram pelo Palácio do Planalto, e subiram para o Ministério da Defesa, onde se reuniram cantando o hino nacional. Um grupo menor, não intervencionista, permaneceu na praça dos Três Poderes.
Com faixas de “generais do exército, queremos vocês no poder” e “caminhoneiros, estamos com vocês”, eles sopram vuvuzelas e acenam com bandeiras do Brasil aos gritos de “vem pra rua”, “intervenção” e “queremos militares governando o Brasil”. Além disso, disparam fogos de artifício.
Nem todos os gritos pediam a volta da ditadura militar, embora os pedidos dessem o tom geral da manifestação. Nascido em atos de esquerda, o grito de “Fora, Temer” também se fez presente. Além dele, o de “amanhã vai ser maior”, popularizado nas manifestações de junho de 2013, voltou às ruas.
Na chegada à Rodoviária de Brasília, manifestantes cantavam: "Temer, ladrão, seu lugar é na prisão". Depois, retornaram ao Planalto, onde encerraram o ato com o hino nacional e o hino do Exército.
Camisetas com o rosto do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ) abundavam, juntamente com camisas da seleção brasileira e roupas camufladas.
Diferentemente dos protestos que pediram a queda da então presidente Dilma Rousseff (PT), a manifestação desta segunda na Esplanada tem liderança difusa.
O clima também é de hostilidade à imprensa. Além de gritos de “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo” e “Globo lixo”, alguns manifestantes se dirigiram a pessoas que filmavam o ato dizendo “fake news, fora daqui”.
No Congresso, o clima é de preocupação. Em reunião de lideranças partidárias na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), políticos de diversas siglas demonstraram preocupação o avanço de movimentos intervencionistas e diziam ser preciso criar um movimento de defesa das instituições.