Cade autoriza International Paper a participar de processo sobre fusão de Fibria e Suzano
Empresa dos EUA alegou que suas operações podem ser afetadas pela operação
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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aceitou pedido da International Paper para participar como interessada no processo que analisa a fusão entre a Suzano Papel e Celulose e a Fibria, de acordo com despacho publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira (24).
Com sede nos Estados Unidos, a International Paper atua nos segmentos de celulose, papel para imprimir e escrever, atividade florestal e embalagens.
Ela alegou que suas atividades podem ser afetadas pela operação, inclusive sua relação com a Fibria no município de Três Lagoas (MS).
O Cade deu prazo de 15 dias para a empresa apresentar documentos e informações ao processo.
O Cade, contudo, rejeitou o pedido do grupo Royal Golden Eagle (RGE) para ingressar como terceiro interessado, alegando que a empresa não fundamentou seu interesse no negócio. O grupo é dono da Bracell, que tem atividade na Bahia.
"A RGE não trouxe aos autos maiores fundamentações e justificativas que pudessem corroborar seu legítimo interesse em habilitar-se como terceiro interessado", disse a superintendência do Cade em parecer.
A união entre a Fibria e a Suzano, criando a maior produtora de celulose do mundo, foi anunciada em março. A operação já foi aprovada pelas autoridades de defesa da concorrência dos Estados Unidos.
Procurada, a Suzano afirmou que não se manifesta sobre procedimentos em andamento. A International Paper não se posicionou e um representante da Fibria não pode comentar o assunto de imediato.
As ações da Suzano fecharam em alta de 1,2%, enquanto os papéis da Fibria tiveram ganho de 0,84% e o Ibovespa teve valorização de 1,49%.