Medidas para setor de gás precisam ser tomadas logo, diz presidente-executivo da Shell no Brasil

Atualmente, regras apresentam diversos impedimentos para chegada de novos atores no ramo

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Rio de Janeiro | Reuters

Agentes do mercado têm a expectativa de que decisões para incentivar investimentos no setor de gás natural, considerado um importante combustível de transição para energias menos poluentes, precisam ser tomadas "logo", disse nesta quarta-feira (21) o presidente da Shell no Brasil, André Araújo.

O governo federal e a agência reguladora ANP colocaram em curso reformas regulatórias para atrair novos ofertantes de gás, além da Petrobras, como a Shell e outras petroleiras que atuam no pré-sal.

Atualmente, as regras do setor apresentam diversos impedimentos para a chegada de novos atores, como limitações de acesso à infraestrutura de transporte e de processamento da Petrobras, dentre outras inúmeras questões.

Presidente da Shell no Brasil, Andre Araujo, no prédio da empresa na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro - Mauro Pimentel/Folhapress

Em meio às iniciativas, com ampla participação de representantes do mercado, foi editada a chamada Lei do Gás, que prevê diversas mudanças para abrir o mercado, mas que não foi até agora aprovada pelo Congresso.

Araújo frisou que "já existem muitas propostas e já se sabe a posição dos diversos atores desse setor", durante sua participação em conferência realizada pelo Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais).

"Acho que o grande desafio é que a gente vive em um país democrático que tem conflitos de interesse. Esses conflitos de interesses precisam ser endereçados de forma aberta e transparente, a gente não precisa de cinco anos para discutir uma alternativa para o gás", afirmou Araújo.

"Já existem propostas na mesa e [...] a gente entende que isso vai ser benéfico para o país, se traduzindo em investimentos, em empregos e mais recursos."

O executivo ponderou ainda, durante sua participação na conferência, que o petróleo continuará tendo um papel importante nas matrizes energéticas nas próximas décadas. Mas reforçou que a Shell quer estar pronta para o cenário que se fizer necessário.

Segundo Araujo, o gás natural é, "sem dúvida", um combustível de transição energética para energias mais limpas e um elemento que poderá contribuir com a intermitência das energias renováveis.

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