Nos EUA, fala de Trump em Davos é ofuscada por 'bomba' do dia
Conteúdo restrito a assinantes e cadastrados
Você atingiu o limite de
5 reportagens
5 reportagens
por mês.
Tenha acesso ilimitado: Assine ou Já é assinante? Faça login
Eram duas da manhã de sexta-feira (26) em Davos quando saiu a notícia: reportagem do "The New York Times" afirmava que o presidente Donald Trump tentou demitir o chefe da investigação sobre a influência russa nas eleições de 2016, o que pode caracterizar um grave caso de obstrução de justiça.
Foi o que bastou para que o discurso de Trump à elite empresarial no Fórum Econômico Mundial naquela manhã já nascesse fadado ao segundo plano.
Apesar de transmitido ao vivo, o pronunciamento do republicano virou notícia secundária na imprensa americana. No instante seguinte ao seu encerramento, as redes de TV voltaram à sua programação normal, dando ênfase à tentativa de demissão do procurador especial Robert Mueller, que lidera o inquérito no FBI.
Mesmo na Fox News, de inclinação republicana e defensora do governo, lia-se a seguinte chamada: "Trump discursa em Davos enquanto Casa Branca refuta reportagem do 'New York Times'".
"A notícia lançou uma sombra sobre o pronunciamento do presidente", avaliou Jim Acosta, da CNN, ao vivo de Davos.
Nos principais jornais, mesmo após o discurso, a tentativa de demissão de Mueller ainda tinha mais destaque que as notícias sobre Davos.
O "New York Times" mantinha o furo como manchete do seu site. O "Washington Post" especulava sobre como o Partido Republicano iria enfrentar o caso. E o "USA Today" explicava "por que o desejo de Trump de demitir Mueller é uma grande coisa" —sem nenhuma menção a Davos.
Ao se deparar com repórteres na Suíça e ser questionado sobre Mueller, Trump foi categórico: "Fake news, fake news".