Tempestade de neve cancela centenas de voos e trava circulação em NY

Governador disse que estado vai virar 'grande bagunça' nas próximas horas

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Silas Martí
Nova York

Os nova-iorquinos já se preparavam para a primavera no fim do mês, mas a segunda grande tempestade deste inverno virou as esperanças do avesso. Uma mistura pesada de chuva, neve e trovões aos poucos castiga a maior metrópole americana.

Quase 30 cm de neve devem se acumular sobre as ruas e avenidas da cidade até o fim de mais um vendaval glacial, com ventos que podem chegar a 100 km por hora. Metade dos voos nos três aeroportos que servem a cidade –JFK, LaGuardia e Newark– foram cancelados e os trens que ligam Nova York a outras cidades da região operam com grandes atrasos.

Pessoas caminham nas ruas do bairro do Brooklyn, em Nova York, durante tempestade de neve - Stephanie Keith/Reuters

Os painéis luminosos de LaGuardia, onde quase 600 voos foram suspensos, brilhavam em vermelho com a palavra “cancelado” piscando enquanto uma multidão de passageiros aguardava notícias.

No JFK, houve mais de 500 cancelamentos, enquanto Newark teve mais de 700.

“Essa é uma neve pesada e molhada, então é mais problemática ainda”, disse o governador Andrew Cuomo. “Vai piorar ao longo do dia. O termo técnico que estamos usando para descrever a situação é que o estado vai virar uma bagunça”, ironizou.

O caos, no entanto, não afetou a hora do rush da manhã porque só no início da tarde desta quarta é que a tempestade engrossou, podendo provocar mais transtornos até a manhã de quinta (8). Quase 2.000 caminhões equipados com pás circulam pelos cinco distritos de Nova York para remover o excesso de neve que já atrapalha o trânsito e dificulta o deslocamento de trens e metrô.

Homem usa máquina para remover neve de calçada no distrito financeiro de Nova York, na quarta (7) - Drew Angerer/Getty Images/AFP

Há uma semana, um misto de chuva e neve semelhante atingiu a cidade, mas não causou grandes problemas na região metropolitana a não ser guarda-chuvas destroçados.

O impacto nos subúrbios, no entanto, foi bem maior, deixando cidades inteiras sem energia por dias. No nordeste americano, oito pessoas morreram no rastro dessa última tormenta, batizada de Riley. A atual, chamada Quinn, deve atingir também as cidades de Boston e Filadélfia.

Meteorologistas alertam ainda que, como a última tempestade derrubou várias árvores e enfraqueceu outras, mais quedas são esperadas agora, podendo aumentar o impacto destrutivo do Quinn.

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