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Crise na Nicarágua provoca onda de migração para a Costa Rica

País vizinho prepara centros para abrigar 2.000 refugiados da crise sob Daniel Ortega

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San José

A crise política e social na Nicarágua já dura três meses, e a repressão violenta promovida pelo governo de Daniel Ortega já causou mais de 300 mortes, segundo ONGs, agora provoca uma onda de migração.

Muitos nicaraguenses se veem forçados a fugir de seu país, a maioria deles para a vizinha Costa Rica, que começa a implementar medidas para administrar o fluxo de migrantes.

O governo costarriquenho se recusa a falar de uma crise migratória. No entanto, já são mais de 3.000 nicaraguenses que atravessam a fronteira a cada semana. Este número ainda pode aumentar, dado que a situação na Nicarágua continua instável.

Para administrar esse fluxo de migrantes, o governo da Costa Rica acaba de assinar um novo decreto. "Na verdade, esse plano abrangente é uma resposta de muitas instituições do Estado", explicou à RFI Espy Campbell, vice-presidente e ministro de Relações Exteriores da Costa Rica.

"Todas as organizações são obrigadas a apresentar um plano de contingência para os imigrantes. É uma coordenação para responder a essas demandas extraordinárias, sem prejudicar os serviços costarriquenhos."

Além deste plano de ação, a Costa Rica abriu dois centros de acolhimento, um no norte e outro no sul do país. No total, eles podem acolher 2.000 refugiados. Esses centros foram criados com a ajuda da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e da Agência de Refugiados das Nações Unidas.

A ajuda financeira de US$ 200 mil (R$ 760 mil) recebida dessas instituições também foi usada para aumentar o número de funcionários de imigração e acelerar os processos de asilo.

 

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