Meirelles descarta atuação direta de Temer em campanha à Presidência

Ex-ministro da Fazenda sugere que Temer fique totalmente dedicado à conclusão do mandato

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Bernardo Caram Talita Fernandes
Brasília

Pré-candidato do MDB à Presidência da República pelo MDB, Henrique Meirelles descartou nesta terça-feira (22) uma atuação direta do presidente Michel Temer em sua campanha. O ex-ministro da Fazenda sugeriu que o emedebista se dedique à conclusão do mandato presidencial.

Depois de desistir de ser o nome do MDB na corrida eleitoral deste ano, Temer anunciou nesta terça que Meirelles será o pré-candidato do partido. Membros da sigla chegaram, inclusive, a aventar que o presidente ficasse com a coordenação da campanha.

O presidente Michel Temer cumprimenta Henrique Meirelles durante evento em que anunciou a desistência da candidatura em apoio ao ex-ministro - Pedro Ladeira/Folhapress

“Temer é o presidente da República, está conduzindo o país e, como mencionou muito bem, tem sete meses de governo […], existe ainda muita coisa a ser feita e ele estará totalmente dedicado a isso”, disse Meirelles à imprensa.

Ao mencionar a montagem do palanque de campanha, o ex-ministro deixou Temer de lado. Disse que a estrutura será composta por lideranças, não só do MDB, mas também de outros partidos que estejam dispostas a apoiar o projeto do partido.

“O presidente certamente participará nos eventos que ele julgar adequados na hora certa”, se limitou a afirmar.

Na segunda-feira (21), a Folha antecipou que a cúpula do MDB aceitou esconder Temer na campanha eleitoral para conseguir firmar alianças com outros partidos. A avaliação é de que a impopularidade do presidente poderia prejudicar as parcerias e a própria candidatura do partido.

Questionado se Temer poderia ser um bom cabo eleitoral diante do alto índice de rejeição e das investigações contra seu nome, Meirelles respondeu que o presidente “será um cabo eleitoral positivo, porque está realizando, o governo está mostrando crescimento”. Ele concluiu a fala buscando se descolar dos casos de corrupção que envolvem o partido.

“Meu histórico é de uma reputação inquestionável e, portanto, não temos dúvida de que isso vai prevalecer”, afirmou.

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