Juiz eleitoral recebe denúncia contra Haddad por uso de caixa dois na campanha de 2012

Ex-prefeito ainda não é considerado réu no processo, que envolve a empreiteira UTC

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São Paulo

O juiz Francisco Shintate, da primeira Zona Eleitoral de São Paulo, recebeu denúncia feita pelo Ministério Público Eleitoral contra o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). Ele é acusado da prática de caixa dois na campanha de 2012, por supostamente ter recebido por fora recursos da empreiteira UTC, investigada na Operação Lava Jato.

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) durante entrevista. Ele é acusado da prática de caixa dois na campanha de 2012 - Leonardo Benassatto - 18.abr.2018/Reuters

A assessoria de Haddad ressaltou que o ex-prefeito ainda não é considerado réu e segue apenas como acusado no processo. De acordo com a nota, o juiz marcou uma audiência de conciliação para o dia 15 de julho.

Segundo o promotor Luiz Henrique Dal Poz, também da 1ª Zona Eleitoral da capital, a investigação do caso teve como base inicial delações da Lava Jato, cujos indícios foram cruzados com planilhas do PT encontradas posteriormente nas apurações da Operação Custo Brasil.

Dal Poz afirma que a denúncia demonstra a montagem de “uma estrutura paralela do PT para financiamento de campanhas em 2012, que teve Fernando Haddad como um dos beneficiários”.

Na nota, o ex-prefeito informou que “o juiz Francisco Schintate, da 1ª zona eleitoral, confirmou que a denúncia apresentada pelo promotor Luiz Henrique Dal Poz apenas cumpriu as formalidades legais e que, antes da audiência, “não há como o ex-prefeito ser considerado réu”.

Sobre a denúncia, a assessoria de Haddad afirma que a defesa vai questionar a delação do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, “dado que, em fevereiro de 2013, a prefeitura, sob gestão de Haddad, suspendeu a obra do túnel da avenida Roberto Marinho, em São Paulo, contrariando interesses do empreiteiro”.

Haddad, que foi prefeito de São Paulo entre 2013 e 2016, é cotado como um “plano B” do PT para a corrida presidencial, diante da inelegibilidade do ex-presidente Lula.

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