Alckmin depõe em inquérito que apura suposto caixa dois da Odebrecht
Ministério Público estuda desmembrar caso separando campanhas de 2010 e 2014
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O presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) depôs nesta quarta-feira (15) ao Ministério Público paulista no inquérito que apura se ele cometeu improbidade administrativa na modalidade enriquecimento ilícito, quando há “qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo”.
O tucano entrou por acesso privativo e não deu entrevista, diferentemente do que havia sinalizado que faria. Sua defesa disse que cogita pedir o arquivamento dos inquéritos civil e eleitoral que apuram suposto caixa dois de R$ 10,3 milhões citado por delatores da Odebrecht
Além do ex-governador paulista, já foram ouvidos seu cunhado Adhemar Cesar Ribeiro e o delator da Odebrecht Arnaldo Cumplido. Os outros dois colaboradores que citam Alckmin, Carlos Armando Paschoal e Benedicto Junior, recusaram-se a depôr.
Alckmin nega irregularidades. “As minhas campanhas sempre foram modestas e rigorosamente dentro da lei”, afirmou na manhã desta quarta.
“É dever de quem está na vida pública cotidianamente prestar contas. Transparência absoluta. Vou esclarecer o que quiserem que esclareça “, disse após sabatina da Folha e do Todos pela Educação.
Seu primo e advogado, José Eduardo Alckmin, afirmou após o depoimento que vai “aguardar as investigações para depois ver se é o caso até de se requerer trancamento do inquérito em função das provas insubsistentes”.
“Até aqui o que foi apurado são fatos insubsistentes. A continuar nessa linha, se o próprio Ministério Público não se convencer, se poderá eventualmente levar o caso à Justiça para verificar se é legal continuar com a investigação”, completou.