Estudo aponta que locomoção será mais rápida e barata em até 15 anos

Crédito: Mike Blake /Reuters Mulher conduz veículo elétrico BMW i3 ao longo de uma rua no centro de Los Angeles.

Conteúdo restrito a assinantes e cadastrados Você atingiu o limite de
por mês.

Tenha acesso ilimitado: Assine ou Já é assinante? Faça login

A consultoria norte-americana McKinsey lançou em 2016 um relatório sobre mobilidade urbana prevendo que o futuro das grandes cidades será definido por tendências tecnológicas e de descentralização das formas de geração de energia.

O estudo, feito em parceria com a consultoria Bloomberg New Energy Finance, aposta que, nos próximos 10 a 15 anos, graças à integração de fenômenos como a internet das coisas (conexão via internet entre objetos e equipamentos) e a eletrificação do transporte, a locomoção ficará mais rápida, barata, limpa e eficiente.

Para sustentar a previsão, são citados fatos como o barateamento das baterias, o surgimento de serviços de compartilhamento de carros e o crescimento do investimento em tecnologias de carros autônomos. O relatório aponta que, nesse espaço de tempo, o processo de urbanização deve fazer com que a densidade média das cidades aumente 30%, desgastando os modelos atuais de mobilidade. Assim, a conectividade, por exemplo, pode ser uma alternativa para criar opções de transporte e contribuir para aliviar congestionamentos.

Segundo a pesquisa, existem três modelos de mobilidade urbana avançada que, com a ajuda de iniciativas públicas e privadas, podem ser alcançados até 2030.

O primeiro modelo, chamado de "limpo e compartilhado", é mais provável de acontecer em regiões metropolitanas densas e que se encontram em estágio de desenvolvimento, como Nova Deli, Mumbai e Cidade do México. Como essas cidades não se adaptariam facilmente ao uso de carros autônomos, por causa da falta de infraestrutura, a alternativa seria chegar a um transporte mais limpo, com a adoção de veículos elétricos, a otimização da mobilidade compartilhada e a limitação do número de carros próprios nas ruas.

Para cidades já desenvolvidas e com uma grande região suburbana, como Los Angeles, o modelo seria o de "autonomia privada". Nesses lugares, o uso de carros continua essencial, mas as pessoas adotariam tecnologias como carros autônomos e elétricos. A conectividade pode facilitar a cobrança de taxas e multas em situações de mais congestionamento, aumentando a mobilidade e evitando a necessidade de construir novas vias. O compartilhamento de carros também pode ser uma opção, mas sem substituir os carros próprios em grande escala.

O modelo mais radical é o de "mobilidade integrada", com potencial para ser alcançado em cidades muito povoadas e de renda alta, como Chicago, Hong Kong, Cingapura e Londres. Nesse sistema, a mobilidade seria predominantemente feita sob demanda, com opções limpas, baratas e flexíveis –como carros autônomos, carros compartilhados e transporte público de altíssima qualidade. O uso de veículos elétricos seria mais comum, motivado por incentivos econômicos, e tudo seria facilitado pelo uso de plataformas de software que controlam os fluxos de tráfego e promovem a mobilidade como um serviço.

O relatório não cita nenhuma cidade brasileira.

Relacionadas