'Disfarçado' com túnica, fotógrafo registra cotidiano do Afeganistão

Ricardo Thomé, que passou dez dias no país em 2013, lança fotolivro com os registros da viagem

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São Paulo

O fotógrafo Ricardo Thomé, 54, realizou um sonho de infância ao viajar para o Afeganistão, em 2013.

O fascínio de Thomé pela região, arrasada pela instabilidade política, começou aos dez anos, quando ele assistiu a um filme que se passava em Cabul, capital do país.

Os registros da viagem estão agora reunidos no seu primeiro fotolivro, “Afegão” (Ed. Olhavê, R$ 75, 80 págs.).

Ele passou dez dias entre Cabul e Herat, no oeste do país, acompanhado de um guia e um motorista locais.

Para conseguir fotografar sem chamar a atenção das pessoas, Thomé usava túnicas típicas de afegãos, emprestadas do guia.

Os dias começavam logo cedo, quando ele saía para caminhar e ver o cotidiano dos moradores. Os mercados concentravam o maior número de pessoas; alguns deles reuniam apenas comerciantes de animais como carneiros e frangos, abatidos ali mesmo.

Apesar do clima constante de tensão, Thomé conta que não passou por situações de perigo. O momento de maior risco aconteceu quando tentou fotografar uma açougueira.

A mulher chegou a confrontar Thomé e o guia com um facão. No fim, eles se esquivaram, após o guia dizer que estavam fotografando apenas a fachada do estabelecimento.

O monumento de maior destaque que ele conseguiu registrar foram as ruínas do palácio Darul Aman, em Cabul, morada da família real afegã na década de 1920.

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