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Gerald Thomas apresenta 'Coro e Camarim' em Curitiba

Da Agência Folha 20/03/2000 08h09
Em São Paulo

A mostra oficial programa hoje duas estréias em Curitiba: "Coro e Camarim - Uma Tragédia Rave", de Gerald Thomas (que também está no Fringe, a mostra paralela, com "Ventriloquist") e "Henrique 4º", de Luigi Pirandello (1867-1936), com o grupo carioca Teatro do Pequeno Gesto.

"Deliciosa", "fascinante", "radiante". Gerald Thomas, 44, não economiza adjetivos para a atual safra de atores da Cia. de Ópera Seca, que criou em 87.

"Nunca estive com uma equipe tão boa e tão alto astral", define. O encantamento vem desde "Ventriloquist", no ano passado. A montagem foi totalmente reformulada na temporada carioca.

O novo espetáculo condensa duas peças, "Coro" e "Camarim", que compunham com "Ventriloquist" a "Trilogia Apocrítica - Reflexos Turvos de Um Exarcebado Raio-X".

Thomas não conseguiu atender à "paranóia de estréias" do festival. "Infernizado", decidiu juntar as duas peças -uma é o reverso da outra, diz-, com a benesse de contar com o mesmo elenco de "Ventriloquist" (Muriel Matalon, Marcos Azevedo, Fabiana Guglielmetti, Camila Morgado e outros).

O novo trabalho pincela elementos da tragédia grega, ou "tragédia rave", com direito ao assassinato de uma "drag queen" -que na verdade não morreu.

Enquanto a festa em "Ventriloquist" reúne "pessoas tipo caretas, que bebem uísque e cheiram cocaína", a extensão "Coro e Camarim" celebra o fenômeno das festas rave, protagonizado por "tribos" que se encontram sob uma lona e se deixam levar por um "deus-DJ".

Duas pistas para "Coro e Camarim":
1) uma atriz desespera-se na coxia de um teatro ao constatar que fora substituída minutos antes da apresentação;
2) os atores lidam com indumentárias e manequins para reviver grandes intérpretes do passado.

"Henrique 4º", a segunda estréia de hoje, foi escrita por Pirandello em 1921, mesmo ano de "Seis Personagens à Procura de um Autor", destaque da moderna dramaturgia universal.
Apesar de considerar este um dos melhores textos de Pirandello (Nobel de Literatura em 1934), o diretor Antonio Guedes fez alguns cortes, sobretudo no contexto histórico que "diz respeito mais à Itália e seria de difícil assimilação pelo público". Ele assina a adaptação com Fátima Saadi.

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