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França vence na inauguraçao do "Stade de France" Agência Folha 28/01/98 19h52 De Paris Mesmo com uma temperatura de 5 graus Celsius negativos, 80 mil pessoas lotaram o Stade de France, em Saint-Denis, ao norte de Paris, para assistir à partida de inauguração do estádio, que vai receber a partida de abertura do Mundial, entre Brasil e Escócia, no dia 10 de junho, e a final do torneio, no dia 12 de julho. A França venceu a Espanha por 1 a 0, quebrando uma invencibilidade de 31 jogos do rival. O meia francês Zidane marcou o primeiro gol do Stade de France. Aos 20min da etapa inicial, ele arriscou chute de fora da área e o goleiro espanhol Zubizareta falhou permitindo o gol francês. A grama amanheceu debaixo de uma camada de gelo. Mesmo com máquinas para derreter o gelo, era possível ver manchas brancas na grama impecavelmente verde. Com medo dos engarrafamentos, os torcedores começaram a chegar cedo ao estádio. Às 16h, quase cinco horas antes do jogo, as entradas já estavam lotadas. ''O governo pediu tanto para que o pessoal viesse de metrô que achei que fosse mais fácil vir de carro'', disse Patrick Dumaitre, que chegou às 18h30 e levou só 20 minutos para percorrer 30 km de Chantilly até o Stade de France. O metrô também não teve filas. Teddy Selbonne, que trabalha no controle do estádio, afirmou que ganhou US$ 8 por hora para cuidar da recepção dos torcedores. ''Não tivemos problemas até agora; as pessoas estão calmas.'' Várias personalidades, como o presidente da França, Jacques Chirac, e o primeiro-ministro da Espanha, José María Aznar, acompanharam a partida. O técnico da seleção brasileira, Mario Jorge Lobo Zagallo, também assistiu ao jogo. Antes da partida, o público presenciou uma performance que durou 30 minutos, com 24 projetores de luz multicolorida voltados para o alto, iluminando acrobatas vestidos com roupas de astronauta suspensos por elásticos, que dançavam ao som de música tecno. Em volta do estádio havia uma lona onde eram projetadas imagens de bolas de futebol sobrepostas a um mapa do mundo. Imagem de cronômetro e fotos de atletismo e ginástica olímpica reforçavam a vontade do presidente do estádio, Pierre Parisot, de abrigar o Mundial de atletismo em 2001.
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