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Médicos e servidores fazem protesto no Rio

da Sucursal do Rio 11/05/2000 21h34

Médicos e servidores do hospital universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, foram trabalhar vestidos de preto nesta Metroviáquinta-feira (11), em protesto contra a portaria 77 do Ministério do Planejamento, mesmo sabendo que o governo já havia suspendido a medida.

A 77 barrava o pagamento de 26,06% do salário dos servidores, referentes a perdas do Plano Bresser_ obtido pela categoria na Justiça.

Segundo a assessoria de imprensa do hospital, 50% dos médicos e funcionários aderiram ao protesto, que não afetou os atendimentos. O Clementino Fraga Filho realiza 1.200 internações e 25 mil atendimentos por mês, além de 30 a 40 cirurgias por dia.

Por volta do meio-dia, médicos, funcionários e estudantes participaram de um ato em frente ao hospital e penduraram uma faixa preta com o dizer "Não ao corte ilegal dos 26%".

Depois do ato, cerca de 500 pessoas, entre elas estudantes, professores e sindicalistas, fecharam o trânsito da região por 20 minutos. Com a chegada da polícia, o trânsito foi liberado e os manifestantes dispersados.

Na manhã desta quinta-feira (11), os funcionários da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) determinaram o fim da greve, deflagrada na terça-feira, também contra a portaria 77.

"Mas continuamos em estado de greve, com assembléias semanais", declarou Álvaro Nascimento, diretor da associação dos funcionários da Fiocruz.

O estado de greve foi mantido porque, segundo Nascimento, a portaria 77 não foi revogada definitivamente. "A nova apenas suspende temporariamente os efeitos da anterior, até que sejam realizados novos estudos."

No centro do Rio, a bancada da oposição na Câmara Municipal e dirigentes estudantis participaram de passeata contra o projeto do prefeito Luiz Paulo Conde (PFL) que institui a exigência de autorização prévia para manifestações públicas na cidade.

Caso a resolução venha a ser publicada no "Diário Oficial", como promete o prefeito, os oposicionistas vão apresentar um decreto legislativo anulando a medida.

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