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Bancos estrangeiros vão ensinar escolas públicas a gastar melhor

ANTÔNIO GOIS 11/05/2000 21h40
da Folha de S.Paulo

Nove bancos estrangeiros que atuam no Brasil vão investir, nos próximos três anos, R$ 1,25 milhão para ensinar diretores de escolas públicas a gerenciar melhor seus recursos. O acordo entre essas instituições e o MEC será assinado na segunda-feira.

A primeira fase do projeto começará neste ano em São Paulo e beneficiará 50 escolas do Estado. O programa tem apoio do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e do Instituto Ayrton Senna. "Os bancos têm muita capacidade de ajudar as escolas públicas por estarem presentes em quase todos os municípios do Brasil", afirmou o ministro Paulo Renato Souza.

A proposta dos bancos é, após a experiência piloto, ampliar o programa para todo o Brasil. Para isso, eles planejam produzir material didático, vídeos e criar um site na Internet.

O programa também vai envolver pais, professores e grêmios estudantis. No início, essa capacitação será feita em cursos com duas ou quatro horas semanais de duração.

As aulas serão dadas por funcionários desses bancos, que trabalharão voluntariamente. "Primeiro, eles vão conhecer a realidade da escola para, depois, poder dar sugestões", afirma o ministro.

Os bancos envolvidos são ABN-Amro, Bilbao Vizcaya, Chase Manhattan, J.P. Morgan, Citibank, BankBoston, Lloyds Bank, Merrill Lynch e Bandeirantes.

Cooperação

O ministro assinou quinta-feira (11), no Hotel Ca’d’Oro, em São Paulo, acordo de cooperação entre os governos dos Estados Unidos e do Brasil para desenvolver parcerias entre instituições de ensino superior dos dois países.

Ficou decidido que os dois governos vão investir US$ 2 bilhões para financiar projetos de integração entre as universidades.

"Para ter acesso a esses recursos, as universidades brasileiras deverão procurar as americanas e apresentar projetos conjuntos. Vamos investir US$ 200 mil em cada projeto e esperamos que, em cinco anos, 40 universidades sejam beneficiadas", disse.

Segundo ele, uma das inovações desse acordo é que os programas de parceria não ficarão limitados à concessão de bolsas individuais para alunos da pós-graduação. "Os alunos de graduação também serão beneficiados."

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