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Entidades divulgam manifesto e pedem fim da LSN

23/05/2000 19h34
da Folha Online

Um fórum de líderes de partidos políticos, sindicatos e movimentos populares divulgou na noite desta terça-feira (23) um manifesto pedindo o fim da repressão policial a manifestações e a revogação da Lei de Segurança Nacional.

O documento foi assinado no final de um ato-palestra na Faculdade de Direito da USP, no largo São Francisco, no centro de São Paulo. O evento reuniu cerca de 400 pessoas em um auditório dentro do prédio da faculdade.

O ato foi organizado pelo Fórum Nacional de Luta por Terra, Trabalho, Cidadania, e Soberania; entidade que reúne sindicalistas, estudantes, sem-terra e políticos de oposição.

O ato terminou com os participantes erguendo os braços e gritando ‘abaixo a repressão‘.

Na platéia, estavam integrantes das entidades sindicais que participaram do protesto na av. Paulista que terminou em conflito com a PM, na última quinta-feira.

Segundo a presidente do Sindsaúde (sindicato dos servidores estaduais na área de saúde), Sônia Takeda, o objetivo do ato é exigir que o governo ‘troque a repressão pela negociação‘ com os funcionários públicos em greve.

O deputado estadual Roberto Gouveia (PT) protestou contra a entrada de Polícia Militares na Assembléia Legislativa, no dia do conflito. Segundo ele, o ato serviu para alertar a sociedade contra a ‘escalada de violência‘ contra ações de oposição ao governo.

A presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) disse que não recebeu nenhum sinal do governo no sentido de se retomar negociações salariais.

Segundo ela, o secretário Antônio Angarita (governo) disse estar tentando agendar uma audiência com o governador (Mário Covas) mas ainda não tem nenhuma resposta para as questões colocadas na reunião da última sexta-feira.

Na semana passada a entidade anunciou que pretende processar o Estado por danos morais aos professores feridos no conflito. No âmbito criminal, a Apeoesp promete entrar com uma representação no Ministério Público contra os policiais que atuaram na repressão ao protesto.

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