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Clinton diz que Otan não fará concessões à Iugoslávia
AP 20/05/99 17h07
De Washington
O presidente Bill Clinton garantiu nesta quinta (20) que a campanha de bombardeios da Otan está obtendo resultados e insistiu que a aliança não fará concessões em suas exigências para a volta dos kosovares albaneses para Kosovo sob proteção aliada. "A Otan está unida na determinação de persistir pelo tempo necessário para alcançar esses objetivos", disse o presidente no Jardim das Rosas da Casa Branca.
Clinton não mencionou a mais controvertida questão que a aliança precisa resolver no momento em que a campanha de ataques aéreos entra em sua nona semana - se vai enviar tropas de terra para Kosovo, para promover, antes do inverno, a volta para casa dos kosovares albaneses deslocados.
"Os refugiados têm que voltar para casa em segurança e com autonomia de governo", disse Clinton, com o secretário de Defesa, William Cohen, e o chefe do Estado-Maior-Conjunto, general Henry H. Shelton, em pé a seu lado. Clinton também anunciou que Shelton será designado para um novo mandato na chefia do Estado-Maior-Conjunto.
"As forças sérvias têm que deixar Kosovo. Uma força internacional de segurança, com a Otan em seu núcleo, tem que ser instalada para proteger os povos de qualquer etnia e religião em Kosovo. Nesses pontos, nosso país fala com uma só voz".
Clinton disse que a Otan não desistirá, embora o apoio popular à campanha de bombardeios tenha diminuído consideravelmente em alguns países aliados. "Também continuaremos nossa campanha militar até que as condições sejam cumpridas", disse ele.
"Acredito que a campanha está obtendo resultados". Citou recentes alegações da Otan, de que há sinais de que a oposição ao presidente iugoslavo, Slobodan Milosevic, está crescendo no país, incluindo informes sobre a deserção de centenas de soldados sérvios e protestos em algumas comunidades sérvias. "O presidente Milosevic sabe que não pode mudar os termos fundamentais que estabelecemos porque são o que exigimos para que os kosovares albaneses voltem para casa e vivam em paz", disse Clinton.
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