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Itália sugere interrupção dos ataques à Iugoslávia

Da AP 20/05/99 19h00
Em Bruxelas

O primeiro-ministro italiano, Massimo D’Alema, propôs nesta quinta-feira a interrupção dos bombardeios à Iugoslávia por três dias, no máximo, se as potências mais industrializadas aceitarem o rascunho de uma resolução da ONU para um acordo de paz em Kosovo a fim de dar a Belgrado tempo para responder.

D’Alema, que se reuniu com o secretário-geral da Otan (Organização do Tratato do Atlântico Norte), Javier Solana, disse que um acordo entre as nações da Aliança e a Rússia sobre o projeto de resolução do Conselho de Segurança era a melhor esperança de paz.

Pouco antes, o presidente Slobodan Milosevic tinha dito que aceitava os princípios de um plano de paz para Kosovo, sendo que os detalhes deviam ser negociados diretamente com as Nações Unidas.

"Se tivéssemos um rascunho aceito para entregar ao Conselho de Segurança... então deveria haver uma pausa no bombardeio", disse D’Alema aos jornalistas, depois de conversar com Solana.

Acrescentou que a pausa deveria durar o suficiente para permitir que o Conselho de Segurança verificasse se Milosevic está disposto a cumprir a resolução da ONU.

D’Alema disse que uma pausa de 72 horas seria suficiente e acrescentou que "se o governo iugoslavo não aceitar sequer uma posição da ONU, nesse momento deveria recomeçar a ação militar".

A Otan disse até agora que só suspenderá os bombardeios se Belgrado aceitar cinco condições: o fim da violência em Kosovo, a retirada das tropas sérvias da província, a volta dos refugiados, a presença de uma força internacional de
segurança encabeçada pela ONU em Kosovo e um acordo político.

A Otan destacou que o bombardeio continuará até que a Iugoslávia aceite essas condições.

Solana declarou que não havia contradição entre a posição italiana e a da Otan, mas acrescentou que a resolução de um projeto da ONU ainda estava distante.



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