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Síndrome pós-poliomelite faz vítimas no mundo todo

27/05/2000 16h11
da Reuters
em Londres

A campanha para livrar o mundo da poliomielite caminha para a vitória, mas pessoas que tiveram a doença se descobrem agora alvos de uma contra-ofensiva. A síndrome pós-pólio (SPP) aparece cerca de 30 anos depois da infecção original pelo vírus da doença.

Fadiga intensa, problemas respiratórios, juntas doloridas e músculos enfraquecidos deixam as pessoas atingidas pela síndrome com a sensação de haver envelhecido precocemente. "Nos próximos anos, 100% das vítimas de pólio apresentarão algum sintoma que pode ser atribuído ao SPP", disse Richard Bruno, diretor do Instituto Pós-pólio do hospital de Englewood, nos EUA.

Bruno acredita que há entre 15 e 20 milhões de sobreviventes da poliomelite. Essas cifras, porém, não incluem as muitas pessoas contaminadas, mas que não tiveram a doença diagnosticada. "Um estudo publicado no ano passado mostra que metade das pessoas com fadiga crônica têm na verdade a SPP", disse o pesquisador.

Quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) deu início ao programa de erradicação da pólio, em 1989, Esther O'Leary, que havia tido a doença, notou que uma caminhada que antes levava cinco minutos agora tomava-lhe 15 minutos e a deixava exausta.

A pólio, 11 anos mais tarde, havia sido eliminada em todos os países do mundo com exceção de dez nações da África e do sul da Ásia. Mas O'Leary, de 53 anos, não pode mais se sentar ereta à mesa e levar sua comida até a boca. Para uma caminhada de cinco minutos, ela usa uma cadeira de rodas.

A síndrome não tem cura, mas há tratamentos que diminuem seus efeitos. Mas para que esse tratamento seja acessível, o doente da SPP deve ser diagnosticado com a doença.

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