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EUA negam garantia jurídica a firmas alemãs

30/05/2000 16h48
da Deutsche Welle

As empresas alemãs, que exploraram trabalhadores forçados no nazismo, têm de contar com novos processos em tribunais dos Estados Unidos, mesmo depois de um acordo de indenização desses sobreviventes do holocausto. Washington não vai dar a garantia jurídica total que as empresas exigem.

"Os empresários têm de ver que o governo não exerce influência alguma sobre os tribunais", justificou Stuart Eizenstat, o mediador norte-americano nas negociações dos representantes dos ex-trabalhadores forçados com o governo e empresas alemães.

Mesmo assim, Eizenstat espera um acordo definitivo em Berlim, nesta quinta-feira (1). Estava planejada inicialmente a assinatura do acordo, em cerimônia festiva, durante a visita do presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, à Alemanha, sexta e sábado.

A garantia jurídica é uma das principais exigências das empresas que se comprometeram em contribuir com 5 bilhões de marcos para o fundo de 10 bilhões destinado à indenização dos sobreviventes dos trabalhos forçados na Segunda Guerra Mundial. Os outros 5 serão arcados pelo governo alemão. Cerca de 2.600 firmas deram ou prometeram sua contribuição.

Faltam ainda 2 bilhões de marcos para completar a quantia prometida. Por isso, os administradores do fundo de indenização decidiram prosseguir com a sua campanha na mídia. Há poucos dias eles divulgaram os nomes de todas as firmas que aderiram ao fundo. Na ocasião, o presidente do Conselho Central dos Judeus, Paul Spiegel, elogiou a iniciativa, mas advertiu que o efeito seria maior se fossem divulgados os nomes das firmas que exploraram mão-de-obra escrava recrutada pelas tropas de Adolf Hitler e agora negam ajuda para indenizar suas vítimas. De fato, o efeito foi mínimo.

Mais de 20 editoras já ofereceram espaço gratuito para a publicação de anúncios do fundo de indenização visando angariar a contribuição de mais firmas, esclareceu o seu porta-voz, Wolfgang Gibowski. As publicações atingiram até agora mais de 3,5 milhões de leitores.

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