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ACM rompe com Requião e ataca presidente da CPI
 

Agência Folha 07/04/97 19h46
De Brasília

O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), rompeu nesta segunda-feira com o relator da CPI dos Precatórios, senador Roberto Requião (PMDB-PR), e fez críticas ao desempenho do presidente da comissão, senador Bernardo Cabral (PFL-AM). ''Não desejo trocar nem ao menos ponderações com o relator. Assuntos da CPI só os trato com o presidente, senador Bernardo Cabral'', afirmou.

Na última sexta-feira, Requião foi irônico ao comentar a visita feita por ACM a Paulo Maluf, prefeito de São Paulo na época em que houve irregularidades na comercialização de títulos públicos emitidos para pagar precatórios. Em entrevista coletiva dada nesta segunda-feira, o presidente do Senado defendeu a quebra de sigilo telefônico, bancário e fiscal de ''todos os integrantes'' da CPI, ''até para que tenham força para inquirir pessoas de quem vão quebrar o sigilo''.

ACM admitiu ter sido surpreendido com a decisão tomadas pela CPI na última sexta-feira de quebrar o sigilo telefônico, bancário e fiscal de todos os secretários da Fazenda e de Finanças dos Estados e municípios acusados de irregularidades.

ACM não contestou o mérito da medida, mas o fato de a CPI ter descumprido decisão aprovada dois dias antes, na reunião da qual ele próprio participou. ''Naquela sessão, a CPI decidiu que as pessoas só teriam seus sigilos quebrados após prestarem depoimento'', disse. O presidente do Senado fez questão de apontar a responsabilidade de Cabral. ''O presidente da CPI é o senador Bernardo Cabral e a ele cabe fazer cumprir as decisões do plenário da CPI e ser responsável, se for o caso, pelo descumprimento'', afirmou.



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