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Da Reuters 05/04/2000 17h55
Em São Paulo
Antônio Galdério José Rainha e sua mulher Diolinda (dir) | O líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), José Rainha Júnior, foi absolvido por unanimidade nesta quarta-feira (5) de uma acusação de assassinato conforme veredicto do juiz Ronaldo Gonçalves de Souza.
Rainha, 39, estava sendo julgado em Vitória, Espírito Santo, sob acusação de co-autoria no assassinato do fazendeiro José Machado Neto e do soldado da Polícia Militar Sérgio Narciso, ocorrido em junho de 1989 durante a ocupação da fazenda Ypuera, de Machado, em Pedro Canário (ES), por integrantes do movimento.
Rainha se declarou inocente alegando que, na época do crime, estava no Ceará.
O julgamento foi iniciado na segunda-feira. Na terça foram ouvidas as testemunhas de acusação, o policial militar Rubens Luís Pagotto, o agricultor Jurandir Mendes e o comerciante José Jorge Guimarães, o Zé do Coco, principal testemunha de acusação, que diz ter levado Rainha à Ypuera.
Além deles também prestaram depoimento as testemunhas de defesa: Átila Bezerra (PSC-CE) e Narcílio Andrade (PMDB-CE), vereadores em Fortaleza, Eudoro Santana (PSB-CE), deputado estadual cearense, e Sebastião Jorge Cavalcante Leandro, coronel da PM no Ceará.
No fim da tarde de terça-feira, os advogados de Rainha pediram a suspensão do julgamento.
Em requerimento, queriam uma acareação entre Zé do Coco e o juiz Eduardo de Oliveira, sob acusação de manipulação durante seu primeiro depoimento à Justiça em 1990.
Após interrupção de aproximadamente cinco minutos, o júri foi retomado, pois o pedido foi indeferido.
Rainha já fora julgado pelos mesmos crimes em 1997 e condenado a 26 anos e seis meses de prisão> Como a pena era superior a 20 anos, ele teve direito a um novo júri.
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