Dicas
do Programa de Qualidade
FEVEREIRO 2000
"Que"
e "se"
"Os
ataques chegaram a tal nível que tornou-se
(!) impossível não reagir."
"Os
ataques chegaram a tal nível que se tornou
impossível não reagir."
A conjunção
que sempre atrai o pronome oblíquo. Nesses casos, coloque o pronome
antes do verbo: "Ele disse que se formou em direito há dois anos".
Não
use "evidência" no lugar de "prova"
"A
CPI ainda não apresentou evidência (!)
de sua principal acusação."
"A
CPI ainda não apresentou prova
de sua principal acusação."
O uso
de evidência no lugar de prova, além de juridicamente incorreto,
é má tradução do inglês "evidence".
Rubrica
"As
dívidas estão sob a rúbrica (!)
'contrato de mútuo'.''
"As
dívidas estão sob a rubrica
'contrato de mútuo'.''
Rubrica
é palavra paroxítona, com acento na penúltima sílaba.
Óculos
"É
um óculos (!) para apreender a realidade brasileira.''
"São
óculos para apreender a realidade brasileira.''
Eis
um erro bastante comum na linguagem oral e, às vezes, na escrita.
Óculos é plural; é incorreto escrever "esse óculos", "meu óculos"
etc.
Enquanto
"Fulano
de Tal, enquanto (!) magistrado,
não deveria opinar...''
"Fulano
de Tal, como magistrado, não
deveria opinar...''
A conjunção
enquanto quer dizer "no tempo em que'', "durante o tempo que'',
"quando''. Na acepção empregada no contra-exemplo, enquanto foi
usado erradamente com o significado de como.
"Enquanto
que"
Enquanto
quer dizer ainda "ao passo que'' em construções como: "Fulano se
saiu bem no teste, enquanto Sicrano e Beltrano foram mal''. Nessa
acepção, o uso da forma "enquanto que'' é vício de estilo. Em frases
do tipo "Fulano se saiu bem, enquanto que (!) Sicrano foi mal''
, o que é desnessário. Na Folha, considera-se erro o emprego de
"enquanto que''.
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