Conexão Manágua
Grupo trocava nome de "alvo"


24/06/1993
Editoria: São Paulo
Página: 3-6


Fernando Rodrigues
Do enviado especial a Manágua

Depois de escolherem a quem realmente poderiam sequestrar, os operadores do "bunker" de Manágua aprofundavam o nível de informação. Um dos artifícios era mudar o nome do possível sequestrável. No caso de Abílio Diniz, os documentos se referem a ele sempre como "Carmelo". O empresário Matias Machline, de quem os sequestradores tinham mais de 50 páginas de informação, era tratado como "Oscar".
Não era apenas dos empresários que os sequestardores procuravam informações. Todos da família eram investigados. Amigos íntimos também. Foi o caso de Luiz Carlos Bresser Pereira, ex-ministro da Fazenda, que trabalhava no Grupo Pão de Açúcar, de Diniz.
Depois que sequestraram Diniz e foram encontrados pela polícia, os sequestradores pediam para Bresser estar presente nas negociações. Tudo era manuscrito e microfilmado. Logo no início, ao lado do nome, vem a seguinte frase: "Verificada casa e carro".
Os sequestradores sabiam que Bresser gostava do restaurante Amadeu, "na r. Pamplona, 234". Entre os hábitos listados, o documento relata: "Dirige sozinho um automóvel modelo Landau, de cor azul, placa NR0484".


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