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Retratos da China

22/03/2005

Economia - Abertura econômica

da Folha Online

Reuters
Produção de carros cresce na China
A economia da China é hoje a sexta mais poderosa do planeta (atrás apenas dos EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido e França), e tem a maior taxa de crescimento anual. Ano passado, registrou o espetacular crescimento de 9,5%, com PIB de US$ 1,65 trilhão. Em valores absolutos, o PIB (soma dos valores de tudo que é produzido no país) chinês é três vezes maior que o brasileiro.

Tal façanha só foi possível com a política de abertura do governo chinês, desencadeada e consolidada ao longo da década de 80. A cada ano, até meados dos anos 90, a China estabelecia mais zonas econômicas especiais e criava mais cidades e áreas litorais abertas ao investimento exterior.

A partir dessa abertura, permitiu-se maior investimento estrangeiro e incentivou-se o desenvolvimento de uma economia de mercado e do setor privado --isso apesar do regime socialista.

Como diz o próprio nome, a República Popular da China é uma nação comunista (politicamente) e capitalista (economicamente), já que defende a propriedade privada, o trabalho assalariado e a abertura ao capital estrangeiro. É esse caminho por duas mãos que faz valer o tradicional lema 'Um país, dois sistemas'.

Passos largos

Milhões de trabalhadores mal pagos e investimentos estrangeiros diretos de cerca de US$ 1 bilhão --quase R$ 3 bilhões-- por semana fizeram a atividade comercial na China crescer a passos largos nos últimos anos. Mais ainda depois que o país asiático passou a integrar a OMC (Organização Mundial do Comércio), em 2001.

Com a produção em massa, o preço dos bens manufaturados foi achatado e o nível de competitividade do país elevado ao extremo. Além disso, claro, se soma a população de 1,3 bilhão de pessoas, um fantástico mercado consumidor interno.

Com tanto crescimento, a China é atualmente o maior consumidor mundial de petróleo depois dos Estados Unidos; seu comércio bilateral está além da casa do bilhão de dólares por ano; a reserva em divisas estrangeiras chega a US$ 514 bilhões (mais de R$ 1,3 bilhão).

Apesar da China ser um país comunista, a região tem três pessoas bilionárias (em dólares), segundo lista da revista "Forbes" divulgada em 2004, ano em que a relação tinha mais 570 pessoas.

Outro exemplo do poderio econômico do país foi a compra, pelo grupo chinês Lenovo, da divisão fabricante de computadores pessoais da IBM por U$ 1,75 bilhão (mais de R$ 5 bilhões).

Com agências internacionais

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